Teve fim na quarta-feira (8) a greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que paralisou parte das atividades do Hospital de Clínicas da UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro). Seguindo o movimento nacional, cerca de 80 trabalhadores aderiram à paralisação, que teve início na segunda-feira (6).
Segundo o HC, foram realizadas assembleias em que a maioria dos empregados da Ebserh decidiu aceitar a proposta feita pela empresa, durante reunião mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). “Com essa decisão, o movimento grevista foi encerrado, possibilitando a normalização dos atendimentos a partir dessa sexta-feira (10)”, posiciona a instituição em nota.
Com a paralisação, parte das cirurgias eletivas realizadas pelo hospital foi adiada. No entanto, procedimentos de urgência e emergência, oncológicos, cardíacos e obstétricos foram mantidos. O Jornal da Manhã questionou ao HC quantas cirurgias tiveram que ser remarcadas. No entanto, até o fechamento desta matéria, não houve retorno.
O pedido inicial dos funcionários da empresa era de 14% de correção salarial e elevação do vale-alimentação de R$660 para R$1.000. Após assembleias realizadas nos estados ao longo de quinta-feira (9), o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) fechou com um aumento no auxílio-alimentação para R$800,00 de imediato e para R$1.000,00 em março de 2025, um aumento total de 51,49%. Também houve ampliação do auxílio-creche em 126,63%, saindo de R$213,96 para R$484,90. O auxílio-saúde passou de R$180,68 para R$190,65 e foram mantidos os 38 itens sociais já aceitos.
Anterior à greve, as cirurgias eletivas do HC, bem como de outros hospitais da cidade, precisaram ser adiadas devido à sobrecarga do sistema de saúde pública. A suspensão ocorreu por uma semana, afetando 49 procedimentos que seriam efetuados no Hospital de Clínicas.