Hoje, milhares de fiéis são esperados pela Igreja Católica de Uberaba para a celebração da Páscoa. Para o arcebispo metropolitano, dom Roque Oppermann, a Páscoa é tempo de alimentar esperança em nossa vida. As celebrações da Páscoa tiveram início ontem, com a Vigília Pascal.
A cerimônia de quase três horas de duração contou com a bênção do fogo novo e do círio, a liturgia com a história da salvação e o batizado de adultos, demonstrando que, com a ressurreição de Jesus, ressurgimos para uma vida nova. Completando a missa do sábado, a eucaristia. Hoje, entre paróquias e comunidades, foram programadas cerca de 120 celebrações. Todas seguindo os horários habituais de domingo. O arcebispo vai presidir missa de Páscoa, às 19h, na Catedral Metropolitana.
Dom Roque Oppermann faz uma avaliação bastante positiva do Tríduo Pascal na Arquidiocese de Uberaba. “Pelas notícias que me têm chegado, tivemos uma grande participação do povo no Tríduo Sagrado, mostrando a vitalidade da nossa comunidade”, ressalta.
A Páscoa, observa o arcebispo, é sem dúvida a maior festa dos católicos, talvez não tão emotiva e popular como o Natal e Pentecostes. “Assim mesmo estamos esperando uma presença maciça do povo nas celebrações para fazer a sua Páscoa, ou seja, receber a Eucaristia, após muitos terem se confessado em preparação para este grande momento”, enfatiza.
Segundo dom Roque, a Páscoa deve ser encarada como o Dia do Batismo, o grande sacramento. “Mergulhamos na água para nos libertarmos do pecado e ressurgimos para uma vida nova. Devemos, a partir da Páscoa, alimentar a esperança em nossas vidas, que se fundamenta na vitória de Jesus sobre o mal. Esperança em todos os sentidos, espiritual [da salvação], no sentido de paz nas famílias, de progresso social e até econômico da nossa sociedade”, afirma o arcebispo, que ainda faz questão de explicar esperança, não como uma conjectura que pode acontecer, mas uma certeza que Deus é fiel.
Sobre a tradição de presentear as pessoas com ovos de chocolate, o arcebispo diz que é uma criação popular, mas que no fundo acaba sendo um gesto religioso, afinal, é um alimento forte, assim como a pessoa de Jesus. Igual comparação ele faz com o coelho, que é símbolo de fecundidade, tal qual como a Igreja, que é fecunda em gerar novos filhos.