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Esporotricose em Uberaba: Veterinário alerta para o risco de agressão a animais

Joanna Prata
Publicado em 14/08/2025 às 18:39
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A recente divulgação de quatro casos de esporotricose humana pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) acende alerta sobre os cuidados com os cães e gatos, sobretudo os em situação de rua. A doença é causada por fungos que vivem no solo e pode atingir tanto humanos quanto animais, como gatos e cachorros. O registro de casos acende alerta para possíveis casos de agressão a animais errantes, que são tão vítimas da doença quanto as pessoas. 

Segundo o veterinário e professor da Uniube, Cláudio Yudi, a esporotricose é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida dos animais para as pessoas. Nos gatos, a transmissão ocorre principalmente entre os de rua, que brigam e acabam se ferindo. Para humanos, o risco existe apenas quando há mordidas ou arranhões de animais infectados — não há contágio pelo ar nem pelo simples contato com o pelo.

O professor reforça que a população não deve agir com violência contra os animais. “Nosso papel é tratar o animal e a pessoa infectada, e denunciar qualquer caso de maus-tratos. Informação e cuidado são as melhores formas de prevenção”, alerta.

O especialista explica que é possível reconhecer os sinais nos felinos, o que facilita a prevenção. “O gato doente costuma apresentar feridas, especialmente na cabeça, patas e cauda, muitas vezes com secreção. Ao identificar um animal nessas condições, é importante acionar o Centro de Controle de Zoonoses ou procurar atendimento veterinário”, orienta Yudi.

Gatos que vivem em ambiente doméstico e protegido raramente contraem a doença, que é mais comum em animais errantes expostos à terra e a disputas por território. Ainda de acordo com o veterinário, o tratamento é eficaz tanto para humanos quanto para animais, sendo feito com antifúngicos orais por um período de três a seis meses.

A população também pode contrair a esporotricose diretamente do solo, caso tenha feridas na pele e manipule terra contaminada, como em hortas e jardins. Por isso, além dos cuidados com os animais, é importante o uso de luvas e a higiene das mãos nessas atividades.

Yudi orienta que, ao encontrar na rua qualquer animal — gato ou cachorro — com sinais da doença, a pessoa deve acionar imediatamente o Departamento de Zoonoses da Prefeitura para que o animal receba atendimento adequado.

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