A Arquidiocese de Uberaba finalizou a apuração interna sobre as denúncias que recaíram sobre o padre Lucimar Geraldo Martins Dias, então responsável pela Paróquia Santo Expedito. Em nota assinada pelo arcebispo Dom Paulo Mendes Peixoto, divulgada nesta quarta-feira (19), a instituição afirma não ter encontrado indícios de desonestidade por parte do religioso e esclarece que a conduta apontada como irregular diz respeito à forma como ele administrou as doações, e não à apropriação delas. O pároco foi acusado por membros da coordenação da igreja, na última semana, por reter o dinheiro de dízimos e doações recebidos por fiéis.
De acordo com o documento, o padre levou para casa valores provenientes das coletas, prática que diverge do procedimento habitual da paróquia. A Arquidiocese, no entanto, ressaltou que o sacerdote pretendia realizar o depósito posteriormente, não havendo evidências de que tivesse a intenção de se tomar posse do dinheiro ou usá-lo para fins pessoais. Para o arcebispo, o episódio representa um equívoco administrativo e não um ato de má-fé.
“No fato pontual, inclusive com denúncia pública, acusando-о de desvio e uso indevido de recurso da paróquia Santo Expedito, o que aconteceu na realidade foi uma postura ou forma como ele agiu frente aos fatos. Tendo levado os recursos da coleta e do dízimo para casa, não significa que tomaria posse dele, mas que o depositaria, posteriormente, mudando a forma tradicional como era realizado”, explicou Dom Paulo.
O arcebispo ainda afirmou confiar no trabalho do padre e reforçou não haver qualquer indício de desonestidade por parte dele. “No meu entender, Pe. Lucimar não tem hábito de desonestidade na administração dos bens materiais das paróquias por onde passou como pároco, destacou.
O caso tornou-se público após fiéis denunciarem a suposta retenção de recursos, o que levou a Arquidiocese a abrir uma apuração interna. Com a conclusão do processo, a instituição afirma que, dentro da esfera eclesial, “considera os padres como principais colaboradores no cuidado pastoral com o povo de Deus” e que “confia nos trabalhos realizados em prol da Igreja”.