Moradores do bairro Tutunas se queixam das mudanças no trânsito da avenida Alfredo de Faria. Há dois dias a via recebeu uma fila de obstáculos de concreto na faixa de divisão
Moradores do bairro Tutunas se queixam das mudanças no trânsito da avenida Alfredo de Faria. Há dois dias a via recebeu uma fila de obstáculos de concreto na faixa de divisão, conhecidos como “gelo baiano”. A instalação dos blocos foi feita com o objetivo de bloquear a entrada no bairro Grande Horizonte pela alameda Prateada, por meio de conversão à esquerda, para quem segue pela Alfredo Faria sentido centro-bairro.
Os blocos mal foram instalados e, segundo os moradores, já causaram quatro acidentes nesta quinta-feira. Em um deles, o motociclista André Luís estragou a moto usada para trabalhar. “Eu fui tentar ultrapassar um carro e quando vi, estavam essas pedras aí. Não teve muita coisa que fazer”, conta. Depois dele, um carro também se acidentou, arrancando os blocos do local, fazendo com que o serviço da Prefeitura voltasse à rua para recolocá-los na sexta-feira.
O caminhoneiro Roberto Silva reconhece que o cruzamento é perigoso, mas acha que a solução dada foi ruim. “Quem está saindo do bairro Tutunas, se for um caminhão grande, ele não vai ter acesso para ultrapassar. A intenção é boa, mas para motoqueiro também é perigoso.”
As mudanças foram feitas após reunião entre os moradores e a Prefeitura, na qual foi solicitada ao Executivo uma solução para o trânsito do local. A sugestão dos moradores foi o alargamento da rua e a instalação de um semáforo. No entanto, segundo o líder comunitário Alceu Ferreira, o pedido não teria sido atendido e no lugar foram colocados os blocos. “Houve uma reunião com o prefeito, com grande participação de moradores, na qual ele prometeu o alargamento de ruas, porque elas são muito estreitas aqui. Mas com esse serviço ficou foi mais afunilado.”
Assessor do gabinete do prefeito, Rubério Santos, diz que todas as mudanças no trânsito do local foram feitas em consenso com a comunidade. “Tudo o que foi feito naquele primeiro trecho da avenida Alfredo de Faria se deu depois de várias reuniões com os moradores. Claro que a solução ideal teria sido tirar os postes e alargar a rua. Mas essa retirada dos postes foi tida como inviável pela Prefeitura, pois ficaria muito caro. O que fizemos foi criar baias para alargar e proibir a virada à esquerda para o Novo Horizonte, na alameda Prateada.” O assessor acrescenta que também foi estudada a possibilidade de se colocar o semáforo no cruzamento, como foi pedido pelos moradores, mas a Secretaria de Planejamento julgou inviável.