Bolsa Família movimenta mais de R$ 10 milhões por mês em Uberaba

O programa Bolsa Família, uma das principais políticas de transferência de renda do Governo Federal, atende atualmente 14.257 famílias em Uberaba, movimentando cerca de R$ 10 milhões por mês na cidade, com valor médio de R$ 712,00 por família. Os dados foram divulgados pelo secretário de Desenvolvimento Social, Ernani Neri, e pela assistente social Aline Branquinho de Carvalho em entrevista à Rádio JM. 

Segundo Ernani, o programa é uma ferramenta de garantia de renda mínima e de distribuição mais igualitária da renda, que muitas vezes é alvo de críticas e estigmatização. “Existe uma minoria que pode fazer uso equivocado do recurso, mas não podemos transformar um ou dois casos em regra. Para essas situações, há políticas de acompanhamento e proteção especial, com orientação e suporte às famílias. Ao mesmo tempo, há um grande número de pessoas que dependem do benefício para sua subsistência”, disse. 

O secretário destacou ainda que o valor recebido varia de acordo com a composição familiar, como número de crianças, gestantes e outros critérios previstos pelo programa. “Hoje, o menor valor pago pleo Bolsa Família é de R$ 600,00. Mas a média em Uberaba é de R$ 712,00 por família. Essa variação acontece porque o cálculo leva em consideração o número de pessoas na casa, se há gestantes, crianças de 0 a 6 anos e outras particularidades. Todas essas variáveis compõem o valor final do benefício. No mês de outubro de 2025, foram transferidos diretamente às 14.257 famílias, R$ 10.074.052”, explicou. 

A assistente social Aline Branquinho reforçou que o programa funciona junto a uma rede de políticas públicas que acompanha o desenvolvimento das famílias. “Não se trata apenas de transferir renda. Existe um acompanhamento social que permite orientar, dar suporte e trabalhar projetos de vida, identidade e história pessoal de cada beneficiário”, disse. 

O Bolsa Família é parte do programa Renda Cidadã, que tem como objetivo garantir condições mínimas de subsistência e fortalecer a inclusão social. Para Ernani, o benefício não deve ser visto como auxílio assistencialista, mas como instrumento que permite que famílias de baixa renda tenham dignidade e oportunidades de crescimento.