Os moradores criaram um abaixo assinado, em conformidade com o direito de segurança, solicitando a captura urgente do cachorro, para que ele passe por avaliação veterinária (Foto/Reprodução)
Moradores do bairro Gameleira estão preocupados com um cachorro em situação de rua que recentemente apresentou comportamento agressivo, chegando a morder uma idosa da comunidade. Segundo relatos, o animal anteriormente era dócil e convivia com os moradores, mas nos últimos tempos sua conduta mudou. A Superintendência de Bem-Estar Animal informou que enviará uma equipe ao local ainda nesta segunda-feira (22) para verificar a saúde do animal e que, em casos emergenciais, o atendimento veterinário pode ser feito pelo Hospital Veterinário da Uniube.
Segundo uma moradora, tentativas de contato com a Zoonoses e o Canil da cidade não resultaram em providências, e mensagens enviadas à superintendente, Regiane Dutra, também não obtiveram resposta. “Os moradores davam comida e água, mas agora o pessoal evita. Ele tentou abocanhar uma moça essa semana e ele está na rua, atacando. Não sabemos o porquê. Já foram três pessoas atacadas e com grandes ferimentos. Tive até que levar uma moça que estava passando na rua até a casa dela. Ela teve que entrar no carro correndo. Estamos todos com medo de sair de casa”, conta a denunciante.
Diante da situação, os moradores criaram um abaixo assinado, em conformidade com o direito de segurança, solicitando a captura urgente do cachorro, para que ele passe por avaliação veterinária e encaminhamento para local seguro. Além disso, solicitaram esclarecimentos sobre a atuação da administração pública em casos de animais agressivos em via pública e sobre os procedimentos de recolhimento e atendimento.
Em resposta, a Superintendência de Bem-Estar Animal informou que a equipe da seção de controle de animais de pequeno porte vai até o local nesta segunda-feira para verificar se o animal apresenta algum sinal de doença zoonótica. A pasta esclareceu ainda que, em casos de mordedura de animais em seres humanos, é feito um inquérito canino pelo Departamento de Controle de Zoonoses e Endemias. A orientação, segundo a Vigilância Epidemiológica, é que a pessoa procure uma das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para avaliação da necessidade de vacinação e/ou administração de soro antirrábico, lembrando que nem todos os casos exigem esse procedimento.
A Superintendência destacou que não possui canil próprio para acolhimento de animais bravos. No entanto, dentro da disponibilidade do convênio entre a Prefeitura de Uberaba e o Hospital Veterinário da Uniube, a Secretaria de Meio Ambiente (Semam) autoriza atendimento veterinário em casos emergenciais. O órgão reforçou que as ações visam garantir a segurança dos moradores, especialmente da vítima idosa, e o bem-estar do animal.