Desde ontem está liberada a utilização por empresas e comerciantes das chamadas maquininhas de cartões unificadas, ou seja, que aceitam diferentes bandeiras. Antes, as lojas eram obrigadas a alugar uma máquina para cada operadora de cartão, o que gerava gasto mensal significativo. Atualmente, em torno de 35% dos pagamentos no comércio uberabense são realizados com cartões de crédito e débito.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Uberaba), Fúlvio Ferreira, disse que essa era uma briga antiga do sistema, travada através da Confederação Nacional das CDLs e forçando o Banco Central a regulamentar a nova lei. Ele explica que, a partir de agora, os lojistas poderão optar por apenas uma máquina e uma mensalidade, além de escolher a bandeira que oferece melhores condições, não apenas do aluguel, mas também do desconto, que hoje varia de 3,5% a 8%, dependendo do ramo de atividade.
Atualmente o aluguel custa, em média, R$ 60 por máquina, dependendo do tempo de contrato. Para o presidente da CDL, as grandes operadoras, como a Rede Visa Cielo e a Mastercard, já estão se aprimorando, mas ele acredita que as pequenas também serão favorecidas, como a American Express (Amex) e o Santander, que está entrando no mercado.
Outro aspecto mencionado por Fúlvio é que as operadoras começarão a oferecer maiores vantagens primeiro para as grandes empresas. “Mas, independente do porte, todas serão visitadas”, disse o representante da entidade.
Ele aconselha os empresários a não tomarem partido num primeiro momento e que primeiro ouçam e sempre negociem. Para ele, este setor vai seguir o caminho das empresas de telefonia, com concorrência e disputa pelos clientes.
“Nós, lojistas, e os consumidores, pagamos grande quantidade de dinheiro às empresas operadoras de créditos e essa situação precisa mudar”, afirmou Fúlvio, que atua no ramo de ótica. Ele também teve a primeira experiência ontem com a maquininha unificada.
Segundo o presidente da CDL, foi uma experiência interessante. Ele relembrou o quanto era complicado antes desta inovação. Fúlvio afirmou que também aguarda as visitas dos agentes das operadoras, para decidir a qual dará preferência.
O dirigente classista explicou que, caso o comerciante ou empresário tenha alguma dúvida sobre o assunto, pode procurar a CDL, que tem uma equipe preparada para atender aos associados, inclusive sobre este assunto.