Diferente do que a maioria das pessoas podem pensar, catadores de reciclagem não sentiram melhora
Dia de jogo do Brasil, mesmo sendo durante a semana, significa festa e comemoração. Porém, ao contrário do que a maioria das pessoas pode pensar, catadores de materiais recicláveis não sentiram aumento no faturamento com a Copa do Mundo deste ano.
“Por incrível que pareça não houve aumento no recolhimento de recicláveis. Nos lugares onde as pessoas assistem aos jogos nós já fazemos o recolhimento, que são bares mais famosos. E mesmo com a Copa percebemos que as pessoas não estão consumindo mais. O que faz um pouco a diferença é a questão da sujeira. Em vista da festa, o que cresceu foi a sujeira, mas a mudança foi o local onde as pessoas jogam o lixo”, explica o presidente da Cooperativa de Recolhedores Autônomos de Resíduos Sólidos e Líquidos de Uberaba (Cooperu), Antônio Marcos Polvarin.
Segundo Polvarin, o recolhimento aumenta mesmo no fim do ano e durante festas típicas. “Até no carnaval é mais considerável do que na época da Copa. O aumento que notamos, mesmo que pequeno, é referente às festas juninas, por conta do recolhimento em escolas, principalmente embalagens de pipoca e papéis de bala”, conta.
O presidente destaca que neste ano houve na verdade uma queda. “Na copa passada, em 2006, recolhemos mais caixas de papelão de aparelhos de televisão do que este ano. Não sei se é pelo fato da TV digital e aparelhos novos estarem bem mais caros, mas caiu bastante”, revela.
Os preços também permanecem com tendência de queda. Polvarin afirma que a latinha de alumínio é vendida por R$ 2,10 por quilo, mas nessa mesma época na copa passada estava R$ 4,00 “Uma queda de 50% em todos os tipo de recicláveis. O plástico estava a R$ 1,20 o quilo e hoje está na ordem R$ 0,60”, completa.
Aos interessados em contribuir com coleta seletiva a cooperativa atende pelo telefone 3315-9560.