Arquidiocese de Uberaba (Foto/Divulgação)
Arcebispo Metropolitano de Uberaba, dom Paulo Mendes Peixoto, manifestou-se sobre as eleições municipais deste ano. Em artigo divulgado pela Cúria Metropolitana, ele destacou que não se vende um voto, porque esse gesto tem consequências.
Dom Paulo destacou que no cenário da campanha eleitoral foram muitos os candidatos que se apresentaram e correram atrás do voto. Para o arcebispo de Uberaba, apesar de todo cidadão brasileiro ser passível de uma candidatura, muitos não têm o mínimo necessário para assumirem um cargo representativo de tamanha importância. Ele frisou que não basta ter a boa vontade e a indicação do partido apenas para somar votos, mas também dom para o serviço público.
Para Dom Paulo, o sufrágio honesto acontece por vontade divina, porque o poder vem de Deus, mas passa pelo voto dado de forma totalmente livre, consciente e responsável. Quando a escolha não é assim, toda a comunidade “geme e sofre durante um quadriênio”.
“Ser candidato não pode ser privilégio, mas dever e missão, para ajudar na administração pública e agir para o bem de todos, também daqueles que votam contra. Isto significa que quem for eleito vai ficar com poder e horizonte ampliados. Ele deve trabalhar para a coletividade local, e não atuar pensando em interesses somente individuais, com favorecimento próprio e de seu grupo”, escreveu Dom Paulo.
O arcebispo de Uberaba ressaltou que o prefeito, com toda a sua equipe, administra os bens e o dinheiro público. E o vereador acompanha a administração, fiscaliza, apresenta e vota projetos indicativos para o bem do município.
“Pela dimensão da responsabilidade, não pode ser qualquer pessoa, porque estão em jogo a vida, a dignidade e o progresso de um povo”, concluiu.