Ex-funcionários da limpadora Adserv, antiga terceirizada do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), reuniram-se, na tarde de ontem, em frente do prédio da Justiça do Trabalho, para protestar sobre o adiamento da sentença no processo movido por eles contra a empresa.
Audiência relativa à ação foi realizada na última sexta-feira (21) e terminou com expectativa de parecer favorável aos 150 trabalhadores que, juntos, acumulam montante de R$ 120 mil a ser recebido. No entanto, embora todas as provas já tenham sido apresentadas e não haja mais brechas judiciais para a impetração de recursos, a decisão da juíza da 1ª Vara do Trabalho de Uberaba, Ana Carolina Marques Gontijo, só será proferida no fim do mês de julho, quando a magistrada deve retornar das férias.
De acordo com Milton Ferreira do Amaral, presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro e Similares, que responde pelos trabalhadores da categoria, a demora para a liberação do dinheiro já tem causado atritos entre o sindicato e os trabalhadores. “A maioria acha que estamos fazendo corpo mole e sem empenho, mas a verdade é que a situação não depende mais de nós”, justifica.
Enquanto o processo corre devagar, muitos dos antigos funcionários da Adserv continuam desempregados. “Já era difícil quando eu tinha trabalho e imagine agora, sem salário e com esse dinheiro todo congelado”, reclama Grace Gleice Araújo.
Assim como ela, cerca de outros 20 dispensados pela empresa optaram pelo protesto de ontem como uma tentativa de acelerar o processo e antecipar a audiência. “Estou com a luz cortada desde ontem e não vou ficar de braços cruzados, esperando. Mesmo que não adiante nada”, finaliza a desempregada, segundo a qual, soma quase R$ 6 mil de dívida a ser recebida.