O vice-líder do Bloco PT/PC do B/PMDB, deputado estadual Adelmo Carneiro Leão, defendeu a negociação sem retaliação aos professores em greve. Para ele, o diálogo entre o governo estadual e os trabalhadores é importante, mas ele só é conseguido com muito empenho e luta. “O governo não está sendo bonzinho ao dizer para voltarem ao trabalho porque ele vai dialogar. Não basta dizer que só vai negociar para poder amenizar as perdas da greve, porque a mobilização dos professores é anterior à greve e para conquistar qualidade na educação e condições dignas de trabalho”, ressaltou Adelmo. Os trabalhadores em educação da rede pública estadual decidiram manter a greve e nova assembleia será realizada no próximo dia 25/5, às 14h, no Pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Alemg). Essa decisão foi tomada por cerca de 15 mil servidores na terça (18/5). No mesmo dia, foi realizada audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, quando representantes do Sind-UTE/MG defenderam o direito de greve e a legitimidade do movimento. De acordo com o parlamentar, é histórico o descaso do governo Aécio/Anastasia com os servidores públicos e a educação. Segundo o deputado Adelmo, que é membro da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Alemg, apesar de o orçamento do Estado ter mais que dobrado nos últimos sete anos, passando de R$ 17 bilhões, em 2003, para R$ 40 bilhões, em 2010, os investimentos em educação caíram de 30% em 2001 para 14% em 2009. “Nós estamos ao lado dos educadores, queremos que os demais deputados também se empenhem em favor deles e que o governo de fato dialogue com seus servidores, sem retaliação.” Mobilização. Durante a semana e até a próxima assembleia a estratégia do Sind-UTE/MG, por meio de suas subsedes, será a realização de atividades locais em todas as regiões do Estado. Além das escolas paradas, a intenção é agregar novas adesões à greve, que foi deflagrada em 8 de abril e ampliar o diálogo com a sociedade. A categoria vai marcar presença também na abertura da Fenamilho (Festa do Milho, em Patos de Minas) quando deverão participar diversas autoridades. A intenção é fazer uma verdadeira “caça” ao governador Anastasia e insistir com ele numa agenda positiva de negociação com os trabalhadores em educação.