Desistências no Tiro-de-Guerra caem

O Serviço Militar é obrigatório para todos os brasileiros do sexo masculino com 18 anos completos. Em Uberaba, o Tiro-de-Guerra se encarrega de formar reservistas para o Exército. Os atiradores servem o TG por nove meses e têm que se apresentar de segunda a sábado, onde recebem instruções das 6h às 8h. Todos os anos, 200 atiradores são selecionados. A novidade é que o número de desistências diminuiu.

O 1º sargento Paulo Sérgio Oliveira de Melo, chefe da instrução do TG 11-003, diz que a escolha mais criteriosa dos atiradores contribuiu para a queda de renúncias. Há cinco anos, a média chegava a 50 desistências. Em 2010, esse número caiu para 26.

Os principais motivos para desistências são a não liberação pelos patrões, aprovação no vestibular e mudança de cidade. “Quando começam a faltar, nós procuramos conversar e ver qual é o problema. Às vezes não conseguem conciliar trabalho, estudo e Tiro-de-Guerra. Muitos deixaram de ir porque o patrão não libera.”

Sargento Melo explica que, após se alistar, o candidato passa por uma avaliação psicológica e de saúde, e se aprovado, segue para uma segunda eliminação, mais criteriosa. Essa seleção complementar analisa com mais profundidade problemas de saúde e sociais, para escolher 200 rapazes para servir o Serviço Militar. “A gente procura facilitar o máximo a vida de quem vai servir. Não escolhemos quem mora longe, quem tem dificuldade de chegar ao TG, tudo para não complicar,” observa.

Quem desiste do Tiro-de-Guerra ou não faz o alistamento fica em débito com o Serviço Militar. A situação irregular, chamada de “refratário”, impede a expedição de passaporte e veta a participação em concursos públicos.