Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) tem entre 500 e mil pessoas à espera de cirurgias eletivas
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) tem entre 500 e mil pessoas à espera de cirurgias eletivas. A informação é do superintendente do HC, Murilo Antônio Rocha. As áreas de ortopedia, cardiologia, neurologia e até a cirurgia de varizes são as com maior fila de espera. Não há previsão para atendimento. “Não temos perspectiva de zerar a lista num futuro próximo”, salienta.
De acordo com o médico, é difícil prever o prazo médio para fazer a operação. O superintendente explica que as cirurgias eletivas são colocadas em segundo plano por causa dos pacientes de urgência e emergência. Ele cita, por exemplo, que a ortopedia é a área em que mais são feitos atendimentos de urgência. Assim, os leitos, recursos humanos e salas de cirurgia que seriam utilizados para procedimentos agendados precisam ser remanejados.
No caso da cirurgia de varizes, a lista é grande, pois, como a operação é demorada, não é possível agendar com antecedência devido à prioridade para o pronto-socorro. Já nas áreas de cardiologia e neurologia, além da limitação de pessoal e infraestrutura, há outro complicador: é necessário ter leito disponível na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para suporte. “Temos poucos e quase nunca estão disponíveis por causa da urgência e emergência”, destaca.
Murilo destaca que outras áreas, como cirurgia geral ou ginecologia, como a laqueadura, tem filas menores porque existem mais leitos disponíveis para suprir a demanda. No entanto, o superintendente não tinha números para detalhar quantos pacientes aguardam por cada tipo de procedimento eletivo. A equipe de reportagem do Jornal da Manhã também solicitou informações há mais de uma semana à assessoria de imprensa da UFTM, mas o relatório detalhado ou mesmo um levantamento geral da fila de espera não foi repassado.
Para o superintendente do HC, o Hospital Regional será uma alternativa para os casos de urgência e emergência. Ele espera que o novo estabelecimento absorva a demanda centralizada hoje apenas no Hospital de Clínicas. Com isso, os profissionais, insumos e o espaço físico poderão ser utilizados para a realização das cirurgias eletivas.
Alívio. Este ano, o HC aguarda liberação de mais uma edição dos mutirões para desafogar a fila para cirurgias de prótese de quadril e joelhos (20), varizes (20), catarata (50) e das amígdalas (40). Os procedimentos serão realizados em horários alternativos para evitar conflito com atendimento de urgência e emergência. O programa tem seis meses para ser realizado.