A data remonta a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando teria sido aclamado como rei, dando início ao seu martírio, que culminou com a crucificação
Fiéis saem às ruas em procissão, com folhas de palmeiras simbolizando a aclamação a Jesus como rei (Foto/Divulgação)
Católicos celebram neste domingo (24) o Domingo de Ramos. Todas as paróquias da Arquidiocese de Uberaba terão programação especial para a data, que é uma tradição cristã diretamente relacionada com a Páscoa. Marcam o início da Semana Santa os últimos dias que antecedem a Páscoa. Na tradição cristã, o Domingo de Ramos ficou caracterizado pela recepção triunfal a Jesus em Jerusalém.
Jesus foi recebido pela população de Jerusalém como rei, mas trazia uma mensagem de humildade e paz. Os acontecimentos iniciados a partir dessa semana levaram à crucificação de Jesus, dias depois. Algumas crenças em torno dos ramos usados na missa deste domingo dão conta que, guardados, eles são transformados em cinzas na Quarta-feira de Cinzas do ano subsequente e que, também, podem ser queimados para abrandar tempestades.
O grande símbolo do Domingo de Ramos são as folhas de palmeiras e oliveiras usadas na celebração. Os ramos relembram a ação da população de Jerusalém, que os usou para receber Jesus na cidade. Os ramos, na ocasião, foram a forma de reverenciar Jesus; no caso do Domingo de Ramos, eles são usados para reforçar que os fiéis estão no caminho de Cristo.
Na celebração deste domingo, fiéis sairão em procissão pelas ruas no entorno de suas paróquias, carregando um ramo de planta, marcando a simbologia da data. Em seguida, irão para as igrejas onde ocorrem as celebrações eucarísticas.
Ao longo da semana, que antecede a celebração da Páscoa, no domingo, dia 31, acontecerão nas paróquias as tradicionais missas do Lava Pés, e dos Santos Óleos [ou da Unidade], na Quinta-feira Santa, dia 28.
A partir da missa vespertina da quinta-feira (“in Cena Domini”/Ceia do Senhor), inicia-se o Tríduo Pascal, que abrange a Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor e o Sábado Santo, quando tem o ápice na Vigília Pascal e no Domingo da Ressurreição.
A celebração dos Santos Óleos, também conhecida como Missa da Unidade, é única e ocorre exclusivamente na igreja matriz (Catedral), onde o arcebispo, Dom Paulo Mendes Peixoto, reúne os sacerdotes da arquidiocese a fim de renovarem seu compromisso, assim como acontece também a Bênção dos Óleos do Batismo, do Crisma e dos Enfermos. As leituras tratam da função messiânica de Cristo e da Igreja. A bênção dos óleos acontece após as preces, ou “Oração dos Fiéis”.
O Lava Pés é uma cerimônia que dá início ao chamado Tríduo Pascal. Então, ocorre o encerramento da Quaresma, ou seja, na missa da Ceia do Senhor. Essa celebração rememora a instituição da Eucaristia e, por conseguinte, o sacerdócio ministerial, momento da última ceia. O tempo também acrescentou o translado do Santíssimo Sacramento seguido do desnudamento do altar. Esse sinal esvazia a Igreja e representa toda a dor do momento vivido por Jesus.
O ponto alto da Sexta-feira Santa é a Leitura da Paixão, às 15 horas, horário em que Jesus teria morrido. É a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração de Cristo na cruz e rito da comunhão eucarística. Nas leituras, meditamos a Paixão do Senhor, narrada pelo evangelista São João, mas também prevista pelos profetas que anunciaram os sofrimentos do Servo de Javé.
No domingo de Páscoa, as paróquias de Uberaba celebram a data mais importante do calendário litúrgico do cristianismo, relembrando a crucificação de Jesus Cristo e celebrando a sua ressurreição. É a celebração mais importante, porque atesta, para os fiéis do cristianismo, o caráter divino de Jesus e confirma a mensagem trazida pelos Evangelhos.