O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) deu início ao processo de licitação para implantar um sistema de climatização em seu edifício principal. O investimento de R$38 milhões prevê a modernização e expansão da infraestrutura hospitalar, para maior conforto para pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde.
Segundo o gerente administrativo do hospital, Rodrigo Molina, o recurso foi liberado pela sede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para viabilizar um projeto já existente. “A possibilidade de climatização do hospital será um marco na nossa história, visto termos um edifício da década de 1980, sem qualquer estrutura pensada para melhoria térmica. O sistema trará mais conforto aos pacientes e à equipe, além de contribuir para a preservação de equipamentos e tornar mais efetivo o controle de pragas e infecções”, afirmou.
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O projeto prevê a instalação de uma Central de Água Gelada, composta por resfriadores (chillers) e torre de resfriamento. De acordo com o chefe do Setor de Infraestrutura Física (SIF), Wesley Melo, a solução está alinhada às normativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe o uso de aparelhos de ar-condicionado do tipo split em ambientes hospitalares. As obras serão realizadas em duas etapas: a construção da casa de máquinas e, posteriormente, o fornecimento e a instalação dos equipamentos. A previsão é que os trabalhos se iniciem em agosto de 2025 e sejam concluídos em dezoito meses.
Entre os benefícios do novo sistema, destacam-se a eficiência energética, a redução de custos operacionais e de manutenção, a melhoria da qualidade do ar e a diminuição de ruídos nas fachadas do edifício. “A torre de resfriamento permitirá a recirculação da água, reduzindo o desperdício e os custos com energia elétrica. Além disso, o sistema de água gelada auxilia na remoção de micro-organismos, poeira e outros contaminantes, o que contribui diretamente para a segurança hospitalar”, explicou Wesley.
Outro fator relevante é a durabilidade do sistema. Estudos preliminares indicam que a vida útil da solução baseada em torre de resfriamento é cinco vezes maior do que a de aparelhos split, alcançando cerca de 30 anos. Com isso, estima-se uma economia de até R$60 milhões ao longo desse período. “Essa modernização é essencial para garantir não apenas a eficiência e segurança do hospital, mas também para reduzir custos e melhorar a experiência de todos que utilizam os serviços da instituição”, completou o chefe da SIF.
A equipe de engenheiros do HC-UFTM/Ebserh será responsável pela fiscalização do projeto e da obra, garantindo que a instalação ocorra dentro dos padrões de qualidade e segurança exigidos para um ambiente hospitalar. “Nosso objetivo é assegurar que essa melhoria traga benefícios tanto no curto quanto no longo prazo, melhorando a infraestrutura do hospital de maneira sustentável e eficaz”, finalizou Wesley.