Em nota, a escola particular afirmou não ter sido oficialmente notificada sobre investigações em curso e reafirmou seu compromisso com o bem-estar de alunos e colaboradores
Após denúncias feitas por uma professora que expôs más condições estruturais, supostas irregularidades trabalhistas e relatos de abuso contra alunos e funcionários em um colégio particular em Uberaba, a instituição se posicionou oficialmente por meio de nota enviada ao Jornal da Manhã. A escola negou as acusações e reforçou seu compromisso com o bem-estar dos alunos e colaboradores. A direção disse que ainda não foi oficialmente notificada sobre investigações em curso.
Os relatos indicam situações preocupantes, como crianças expostas a fios desencapados, colchonetes considerados inadequados para o descanso, produtos perigosos ao alcance dos menores, além de denúncias de assédio moral e abuso de autoridade. A professora, que preferiu não se identificar, também apontou supostos descumprimentos de direitos trabalhistas contra ao menos nove profissionais da educação. Essas queixas foram formalmente apresentadas ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e ao Sindicato dos Professores (Sinpro), que confirmaram a abertura de inquéritos para apurar os fatos.
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Em nota, a direção da escola afirmou ter tomado conhecimento das acusações somente por meio da imprensa e negou ter recebido notificações oficiais dos órgãos competentes até o momento. Ainda assim, se colocou à disposição para colaborar e fornecer os devidos esclarecimentos, repudiando qualquer forma de assédio moral, constrangimento ou retaliação, e ressaltando a existência de canais internos de escuta, com sigilo e acolhimento, voltados à promoção de um clima organizacional saudável e respeitoso.
“Reiteramos que a missão do colégio é oferecer uma educação de qualidade, humanizada e segura. As famílias que confiam em nosso trabalho sabem da seriedade com que tratamos cada detalhe do cuidado com os alunos — desde a alimentação, passando pela estrutura física, até as atividades pedagógicas”, destacou a nota oficial.
Sobre as condições estruturais, a escola afirmou realizar manutenções frequentes nas instalações e garantiu que os materiais utilizados pelas crianças são higienizados, adequados para a faixa etária e renovados periodicamente. A direção também se comprometeu a tomar providências caso sejam identificadas necessidades de ajustes.
Quanto alterações frequentes no CNPJ, o colégio esclareceu que todas as mudanças foram justificadas e registradas conforme a legislação, com acompanhamento da assessoria contábil, negando qualquer irregularidade fiscal.
Apesar disso, o MPT e o Sinpro seguem com a apuração das denúncias, enquanto a direção do colégio se colocou “à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais”. Até o momento, não houve posicionamento por parte do Ministério Público e o JM segue acompanhando o caso.