ECONOMIA

Exportações em Minas: café em alta e China como maior mercado; Uberaba forte em açúcar e soja

Minas soma US$ 14,5 bi até setembro; soja e setor sucroenergético mantêm participação

Joanna Prata
Publicado em 23/10/2025 às 09:08
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O café segue líder das exportações do agronegócio mineiro. Mesmo com queda na receita, soja e produtos do setor sucroenergético, fortes em Uberaba, continuam entre os destaques. A China é o principal destino, com 25% do total exportado.   

As exportações agropecuárias de Minas Gerais somaram US$ 14,5 bilhões (cerca de R$ 78 bilhões) entre janeiro e setembro deste ano, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) nesta semana. Os números mostram a força do campo mineiro no cenário internacional, com 175 países comprando produtos do estado.   

Apesar de o grande destaque do período ser o café, que sozinho responde por mais da metade da receita com US$ 7,77 bilhões exportados, produtos com forte peso na economia de Uberaba, como a soja e o setor sucroalcooleiro, também mantêm participação significativa na pauta exportadora.   

Uberaba é, segundo dados recentes do IBGE, a maior produtora de cana-de-açúcar do Brasil, o que a coloca como peça estratégica no setor sucroalcooleiro mineiro. De janeiro a setembro, o estado exportou 3,3 milhões de toneladas de produtos dessa cadeia, gerando uma receita de US$ 1,5 bilhão.   

Houve uma queda de 19,9% na receita em relação ao mesmo período do ano anterior, o que, segundo a Seapa, está ligado à preferência dos produtores pelo mercado interno, em função da maior rentabilidade do etanol no Brasil. Ainda assim, o setor segue relevante no comércio exterior e é parte fundamental da economia do Triângulo Mineiro.   

Outro produto com forte presença nas lavouras de Uberaba, a soja também teve desempenho expressivo, mesmo com queda. O chamado complexo soja, que inclui grãos, óleo e farelo, gerou US$ 2,6 bilhões em exportações, com 6,5 milhões de toneladas embarcadas. Com a área plantada em Uberaba mantida em torno de 90 mil hectares na safra 2024/2025, a mesma da safra anterior, mantendo a cidade como um dos três maiores produtores do grão no estado.   

Houve retração de 15% na receita e de 7% no volume, mas a oleaginosa permanece como uma das principais culturas exportadas pelo estado, com relevância particular no Triângulo.  

A China foi o principal destino das exportações agropecuárias de Minas Gerais no período, respondendo por 25% de todo o volume exportado. O país asiático comprou grandes volumes de soja e carnes, além de outros produtos. Em seguida vêm Estados Unidos (11%), Alemanha (8%), Itália e Japão (com 5% cada).

Mesmo com o protagonismo regional de culturas como soja e cana, o café foi, disparado, o principal produto exportado por Minas Gerais em 2025, com US$ 7,77 bilhões, crescimento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado. O estado segue como responsável por 70% das exportações brasileiras do grão.   

Segundo a assessora técnica da Seapa, Manoela Teixeira, o cenário positivo é impulsionado pela alta dos preços internacionais e pela qualidade do produto mineiro, especialmente nos mercados dos Estados Unidos, Alemanha e Itália.   

A expectativa é que Minas Gerais encerre o ano de 2025 superando o recorde de US$ 17 bilhões em exportações registrado em 2024.

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