O almoço ficou mais caro. Nos últimos dias, o preço do feijão teve alta de 20% e o preço da saca de 60 quilos chegou a R$ 120. O feijão é plantado principalmente em Unaí e nordeste do Brasil. Essas duas regiões tiveram problemas com o clima e diminuiu a oferta do produto. Em Minas Gerais, de forma geral, a chuva atrapalhou a colheita e no Nordeste a seca prejudicou a safra. De acordo com Rivaldo Machado Borges, presidente do Sindicato Rural de Uberaba, na região, o plantio do feijão é feito principalmente por pequenos e médios produtores, que cultivam para o próprio consumo e vendem o excedente. Por isso o produto – explica – é escasso. Romeu Borges Araújo, subsecretário de Agricultura, explica que a alta nas prateleiras aconteceu porque, nos dois últimos anos, o valor do feijão estava baixo e os produtores partiram para outras culturas. Este ano, além da redução da área plantada, o clima atrapalhou a produção e reduziu ainda mais a oferta. A oscilação no preço deve-se também à reduzida periodicidade. De acordo com Romeu, o feijão armazenado perde a qualidade muito rapidamente. “Com 30 dias de armazenagem, a qualidade diminui bastante. Por isso, quase não tem estoque e a oferta é reduzida.” Com a grande procura e pouco feijão no mercado, o preço atinge níveis elevados. A saca de 60 quilos está cotada entre R$ 100 e R$ 130. Há um ano, o preço variava entre R$ 60 e R$ 70. Uma queda nesse valor só deverá acontecer dentro de quatro meses, quando a nova safra começará a ser colhida.