Animal permanece sob cuidados do Hospital Veterinário da Uniube e segue com quadro estável, sem previsão de alta
Filhote de tamanduá-bandeira é tratado por equipe do Hospital Veterinário da Uniube após ataque de cães. (Foto/Divulgação/HVU)
Um filhote de tamanduá-bandeira, com cerca de 90 dias de idade, foi resgatado na zona rural de Uberaba após ser atacado por cães. O animal foi encaminhado, na noite de segunda-feira (3), ao Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Uniube (HVU) pela Polícia Militar de Meio Ambiente. Informações atualizadas, nesta quarta-feira (5), dão conta de que o filhote segue estável, porém sem previsão de alta.
De acordo com o HVU, o tamanduá apresentava ferimentos compatíveis com ataque de cães e suspeita de fratura na pelve. Desde a chegada, ele vem recebendo cuidados intensivos, incluindo controle de dor, curativos, exames de imagem, suporte nutricional e monitoramento clínico contínuo.
O médico-veterinário responsável pelo setor de Animais Silvestres, Cláudio Yudi, explicou que o filhote permanecerá sob observação e tratamento até a completa estabilização do quadro. “Em 2025, o HVU recebeu sete tamanduás foram atendidos neste ano — sendo quatro tamanduás-bandeira e três tamanduás-mirim. O número crescente de ocorrências reforça a preocupação com o aumento de ataques de cães domésticos a animais silvestres, especialmente em áreas periurbanas, onde as espécies se aproximam das propriedades em busca de alimento”, afirmou.
Segundo Yudi, o tamanduá-bandeira tem papel importante no equilíbrio ambiental, atuando como controlador natural de formigas e cupins, o que contribui para a saúde do solo e o equilíbrio ecológico dos biomas brasileiros.
Em nova atualização divulgada nesta quarta-feira (5), o HVU informou que o quadro de saúde do filhote segue estável, sem alterações, mas ainda não há previsão para que ele seja devolvido à natureza. O hospital segue acompanhando o caso e prestando os cuidados necessários ao animal.
O HVU reforça a orientação para que cães não circulem livremente em áreas rurais e pede que, em caso de encontro com animais silvestres feridos, a população acione imediatamente a Polícia Militar de Meio Ambiente ou o Corpo de Bombeiros.