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IBGE: Uniões estáveis superam casamentos formais em Uberaba

Joanna Prata
Publicado em 05/11/2025 às 12:18
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Viver junto sem passar pelo cartório ou pelo culto religioso se tornou o tipo de união mais comum em Uberaba, acompanhando uma tendência nacional revelada pelos dados do Censo Demográfico 2022: nupcialidade e família, divulgados nesta quarta-feira (5) pelo IBGE. Segundo o levantamento, as uniões consensuais — quando casais moram juntos sem formalizar o casamento — chegaram a 43,6% dos relacionamentos no município, superando pela primeira vez os casamentos civil e religioso, que somam 36,8%. 

No Censo de 2010, o cenário era o inverso em Uberaba, as uniões consensuais representavam 36%, enquanto os casamentos civil e religioso juntos chegavam a 45,6%. A mudança reflete uma transformação nos costumes e no comportamento social, com mais brasileiros optando por relações informais e flexíveis, sem a necessidade de uma cerimônia oficial. 
 
Em todo o país, o Censo 2022 confirma a mesma tendência observada em Uberaba: as uniões consensuais se tornaram o tipo de relacionamento mais comum entre os brasileiros. Pela primeira vez desde o Censo de 1960, esse formato superou o casamento civil e religioso, que caiu de 42,9% em 2010 para 37,9% em 2022 no cenário nacional. 

De acordo com o IBGE, o crescimento desse tipo de união está mais concentrado entre pessoas de menor renda. Em famílias com rendimento domiciliar per capita de até meio salário-mínimo, mais da metade (52,1%) das uniões são consensuais. Já entre os mais ricos, com renda acima de cinco salários-mínimos, a proporção cai para 24,1%, enquanto o casamento religioso e civil ainda predomina. 

“O aumento na proporção de uniões consensuais reforça as mudanças comportamentais que têm sido experimentadas na sociedade brasileira, quando as uniões no civil e religioso vem perdendo espaço para as uniões não formalizadas. No entanto, vale ressaltar que as uniões consensuais podem ser registradas em cartório ou não”, destaca Luciene Longo, analista da pesquisa. A analista também explica que o custo de formalizar o casamento influencia essa escolha. “Casar formalmente é caro. Isso faz com que as pessoas com renda mais baixa optem por uma união informal, sem toda a pompa de uma cerimônia”, afirma. 

A pesquisa também mostra que a união consensual é um fenômeno mais jovem. Entre os que vivem nesse tipo de relação, quase um quarto (24,8%) tem entre 20 e 29 anos, e 28,5% estão na faixa de 30 a 39 anos. Já o casamento civil e religioso é mais comum entre pessoas com 60 anos ou mais, grupo que representa 31,8% desse tipo de união.

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