Uberaba deve registrar temperaturas abaixo de 10°C a partir desta sexta-feira (8), com mínima podendo chegar a 6°C, segundo a climatologista Wanda Prata. A queda será provocada pela chegada de uma massa de ar frio de alta pressão, que avança lentamente pelo interior do continente após a formação de um ciclone extratropical no litoral Sul.
De acordo com a climatologista, na última terça-feira (5) um cavado atmosférico organizou uma Zona de Convergência que se estendeu do Acre até o Rio Grande do Sul, passando por Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, além do Uruguai. A partir de quarta (6), a baixa pressão associada ao fenômeno conhecido como “trenzinho de ondas” se deslocou para o oceano, originando o ciclone, que provocou ventos de 50 a 100 km/h na região sul do país.
“Depois, a alta pressão desse sistema entra pelo interior do continente, provocando geadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e regiões serranas de Minas, como a Mantiqueira”, explicou.
Apesar da lentidão no deslocamento, o sistema já influencia o tempo em Uberaba. “De oito a 12 de agosto, teremos dias de muito frio, com mínimas entre 6°C e 7°C, principalmente em áreas mais altas da cidade”, explica Wanda.
A previsão da climatologista para os próximos dias é a seguinte:
A partir do dia 13, as temperaturas devem voltar a subir gradualmente, com mínimas entre 16°C e 18°C e tardes acima dos 23°C.
Umidade despenca e alerta para queimadas se mantém
Além do frio, a umidade relativa do ar continua crítica, podendo cair para índices entre 25% e 30%, níveis bem abaixo dos 60% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Wanda reforça os cuidados com saúde e meio ambiente. “É fundamental manter-se hidratado e evitar queimadas. O risco de incêndios urbanos e rurais é altíssimo”, alertou.
Nova onda de frio em setembro
Ainda segundo a climatologista, outra frente fria já está prevista para o fim de agosto, com tendência de queda mais acentuada no início de setembro. “Vamos ter ondas de frio durante todo o segundo semestre. Aquele padrão antigo de calor contínuo já não existe mais”, afirmou.
Apesar disso, algumas ondas quentes devem surgir, com a aparição de sistemas de alta pressão. “Não acredito que a gente tenha uma situação calorosa, mas ondas quentes também vão passar”, finaliza a climatologista.