Trabalhadora da área de limpeza urbana denuncia descaso em sistema de saúde. De acordo com Maria Ajuda Oliveira, 39 anos, há um ano realiza uma espécie de peregrinação por instituições da cidade em busca de uma cirurgia ortopédica.
Devido a uma lesão grave no joelho direito, Maria Ajuda revelou que acumula líquido na região do membro inferior e gradativamente está perdendo os movimentos da perna.
Sem conseguir resultado em postos de saúde públicos e de pronto-atendimento, a reclamante descreveu que precisou desembolsar R$ 240 com exames e consultas particulares.
“Eu não tenho mais condições de ficar andando de um lado para outro atrás de atendimento médico, estou com dores e já nem sinto direito a perna. Estou cansada de brincarem com a minha cara me jogando de um lado para outro”, desabafou.
Maria foi acolhida na Unidade Regional do bairro São Cristóvão, passou pela Unidade de Pronto-Atendimento do bairro Abadia, foi encaminhada ao Hospital de Clínicas da UFTM e novamente orientada a retornar à UPA Abadia.
A odisseia foi prorrogada no HC, onde foi informada de que os médicos residentes que atuam na especialidade de ortopedia estariam em greve e a atendente a conduziu outra vez à unidade. “Disseram que eu teria que me consultar mais uma vez, ficar internada por quatro dias para depois ver se eu conseguiria leito no Hospital de Clínicas, mas ninguém sabe me informar nada direito e o documento que prova a minha condição de urgência de nada está servindo”, protestou.
Assessoria da Secretaria de Saúde foi procurada, mas até o fechamento da edição não havia se posicionado sobre o caso. Já a assessoria de imprensa da UFTM pediu tempo para averiguar os fatos e posteriormente encaminhar esclarecimentos. (JR)