“Caça ao trabalhador”. Foi assim que a presidente do SinUte, Sônia Regina Monte, referiu-se ao atual estágio da greve dos professores estaduais em Uberaba.
Segundo ela, o esquema operacional de mobilização em torno das reivindicações para a recomposição salarial segue através de visitas dos sindicalistas a cada um dos estabelecimentos para conversar com pais e alunos e angariar mais pessoas para o movimento dos educadores.
Sexta-feira, no 1º dia de greve deflagrada, as escolas Felício de Paiva, no Jardim América, e Nossa Senhora da Abadia foram as únicas nas quais ocorreu a paralisação total das atividades. No entanto, ontem, outras quatro instituições – Castelo Branco, Quintiliano Jardim, Santa Terezinha e Bernardo Vasconcelos – dispensaram os alunos nos dois turnos e, segundo Sônia, o número de entidades participantes já chega a 20. “A expectativa é a de que todas parem, porque a categoria está muito insatisfeita e essa é a hora de lutarmos”, discursa a líder sindical ressaltando que, até agora, o Governo estadual não acenou com chamadas para negociação.
Amanhã, grevistas reúnem-se na sede do Sindicato dos Bancários, às 15h30, para avaliação das atividades na cidade. Quinta-feira, professores de todo o estado são esperados no pátio da Assembleia Legislativa, para aferir e analisar os números do movimento grevista no estado.
Reposição. De acordo com a superintendente regional de Ensino, Vânia Célia Ferreira, a expectativa é a de que os dias perdidos, mesmo nas escolas parcialmente paralisadas, sejam repostos durante a chamada Semana do Saco Cheio, no mês de outubro. Enquanto isso, a orientação é a que as escolas refaçam os horários dos alunos.