Greve dos 850 trabalhadores terceirizados da construtora Consórcio Fertil entra hoje no 4º dia. Com os trabalhos paralisados, os funcionários estão aglomerados em frente de um dos portões de acesso ao Complexo Industrial Uberaba, no Distrito Industrial 3, e afirmam levar a greve adiante até que a empresa apresente proposta de acordo.
De acordo com um dos integrantes da comissão de reivindicação, Tiago Alves, os trabalhadores ameaçaram se dirigir a pé do DI-3 para o Ministério do Trabalho em forma de protesto. Segundo Tiago, os funcionários solicitaram a presença de um ônibus para realizar o transporte e só depois do início da marcha pela Filomena Cartafina foi que conseguiram respaldo.
O Stiquifar (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Uberaba e região) enviou comunicado à imprensa informando que apóia o movimento grevista, instalado no canteiro de obras de ampliação da unidade fabril da Fosfertil, em Uberaba.
Os questionamentos agora giram em torno da duplicidade e da legalidade de sindicatos que representem a categoria. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada de Minas Gerais (Siticop-MG), que tem um acordo coletivo e sindical com a Consórcio Fértil, enviou comunicado formal esclarecendo que tem licitude junto ao Ministério do Trabalho e não reconhece atuação do Sintramonti-MG, que atualmente tomou a frente da negociação.
O Siticop apresentou convênio coletivo de trabalho, onde as partes fixaram acordo vigente no período de novembro de 2009 até 31 de outubro desse ano. Na tarde de ontem, integrantes da comissão e diretoria da Consórcio Fertil se reuniram na sede do Ministério do Trabalho na tentativa de um acordo, o que não aconteceu. A construtora mantém o posicionamento de não se pronunciar oficialmente e disse apenas ansiar a legitimidade da representação sindical do grupo e o processo judicial para tomar medidas cabíveis.