Depois de deflagrada, os servidores técnicos federais do Hospital de Clínicas da UFTM entraram em greve oficialmente ontem. Porém, pouco mais de 10% dos funcionários aderiram ao movimento até o momento. Durante assembleia realizada na tarde de ontem, os grevistas definiram as principais reivindicações da categoria.
De acordo com último balanço realizado pela coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Município de Uberaba (Sinte-Med), Mirtes Reis, dos dois mil funcionários, 230 haviam aderido à greve. O número aparentemente baixo é visto com otimismo pela coordenadora, que afirma ainda que este irá aumentar mais hoje, já que a adesão é gradativa. “Somente ontem 60 pessoas aderiram à greve.”
Na tarde de ontem, os funcionários participaram de assembleia onde foi definida pauta local de reivindicações, entre elas, realização de concurso público, liberação de servidor para mandato sindical, assédio moral, atendimento dos servidores em horário de serviço no pronto-socorro, o que ainda não é garantido, melhorias das condições de trabalho no Hospital de Clínicas e jornada de trabalho de 30 horas semanal, explica a coordenadora.
Atualmente, 49 universidades participam do movimento em todo o país, no entanto, a greve é apenas de servidores da saúde e não atinge os alunos. As aulas continuam normalmente. Além disso, atendimento de urgências, emergências e tratamento de doenças continuadas estão garantidos.
Segundo o superintendente do Hospital de Clínicas da UFTM, professor Murilo Antônio Rocha, o comando de greve enviou comunicado para a direção na última sexta-feira, informando o início do movimento, inclusive a escala mínima já está sendo observada. Até o momento, o funcionamento do HC está normal e a equipe já está mobilizada para os atendimentos da unidade de pronto-socorro, onde se registra o maior movimento e com a chegada de pacientes graves. A expectativa da direção é de que as reivindicações sejam atendidas e tudo se resolva em pouco tempo, sem que seja necessário reduzir o atendimento.
O último protesto dos servidores federais da área da saúde durou 100 dias, sendo realizado entre agosto e dezembro de 2007.