Embora o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagri), José Humberto Machado Guimarães, anuncie apoio a moradores que quiserem transformar terrenos baldios em hortas urbanas, moradores reclamam da falta de ajuda e de implementos agrícolas.
Luzia Nunes da Silva, moradora do Jardim Maracanã, diz que tenta manter uma horta no bairro há dois anos, mas enfrenta dificuldades. “Pedimos um trator, mas não tem nada para nós lá na secretaria. E tudo o que decidimos plantar o secretário não aceita. Aqui tem muito terreno vago e muita gente oferece para fazermos horta, mas eles não têm agrônomo para orientar a gente, e dizem que só podemos plantar culturas de verão, que são as que sobrevivem apenas com a água da chuva. Nos assentamentos tem acontecido a mesma coisa”, conta a moradora. Nos bairros Jardim Primavera e Estrela da Vitória também há a mesma dificuldade.
Segundo o secretário José Humberto Machado Guimarães, os técnicos da secretaria fazem sugestões, porque as culturas de inverno necessitam de irrigação. “E como a maioria dos terrenos não possui minas ou poços, essa água acaba vindo do Codau, e a cultura acaba ficando mais cara. A questão é de racionalidade”, explica. Ele destaca que para plantar hortas em outubro precisam começar a se preparar, dando preferência para mandioca, batata-doce, quiabo, jiló, pepino, rabanete e folhosas, como alface e almeirão, de grande produtividade com as chuvas de fim de ano.
Ele afirma que essas reclamações podem aparecer devido a problemas no terreno. “Antes de tudo mandamos um técnico que avalia as condições da área, se forem brejos, áreas inclinadas, houver árvores, buracos e pedras, a horta torna-se inviável. Se for plano, aramos a terra com trator, encantamos, sem custo para a comunidade e ainda com isenção de IPTU”, frisa José Humberto. Mais informações pelo telefone 3318-0443.