A perda auditiva pode ser mais complexa do que parece à primeira vista, e compreender as diferenças entre os tipos pode ser essencial para um tratamento eficaz. A fonoaudióloga Mariana Marquez, que coordena a Unidade de Saúde Auditiva das Clínicas Integradas da Uniube, referência em saúde auditiva no Município, explica que a perda auditiva pode ser classificada em três tipos principais: condutiva, sensorioneural e mista. Cada tipo tem uma causa e abordagem diferente para o tratamento.
A perda auditiva condutiva ocorre quando há um problema no ouvido externo ou médio, impedindo que o som chegue adequadamente ao ouvido interno. Ela pode ser causada por fatores como infecções no ouvido, acúmulo de cera ou problemas com os ossículos. A boa notícia é que, muitas vezes, a perda auditiva condutiva pode ser tratada com medicamentos ou cirurgia.
Já a perda auditiva sensorioneural, que é mais comum, afeta o ouvido interno ou o nervo auditivo. Essa condição pode ser causada por fatores genéticos, envelhecimento, exposição prolongada a ruídos altos ou até mesmo sequelas de doenças, como o COVID-19. Infelizmente, esse tipo de perda auditiva não tem cura, mas pode ser compensado com o uso de aparelhos auditivos ou implantes cocleares.
Por fim, a perda auditiva mista que é uma combinação dos dois tipos anteriores. Isso significa que o paciente tem uma perda auditiva tanto no ouvido externo/médio quanto no ouvido interno. O tratamento, nesse caso, pode ser mais complexo, dependendo das causas envolvidas.
Mariana destaca que, independentemente do tipo de perda auditiva, é fundamental um diagnóstico preciso e um acompanhamento médico contínuo. A avaliação feita por profissionais capacitados, como fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas, é crucial para definir a melhor estratégia de tratamento.