Promotoria abriu inquérito para apurar irregularidades como a ausência de estudo de impacto de vizinhança e licença ambiental
Investigação do Ministério Público sobre a área onde será construído o Hospital Regional não preocupa o prefeito Anderson Adauto (PMDB). Promotoria de Defesa do Meio Ambiente abriu inquérito civil público para apurar irregularidades como a ausência de estudo de impacto de vizinhança e licença ambiental para a construção. A denúncia partiu do engenheiro João Eurípedes Sabino, protestando contra a instalação do HR no local porque o solo estaria contaminado com “necrochorume” devido à proximidade com o cemitério São João Batista. Anderson rebate as críticas do engenheiro e afirma que a equipe da Prefeitura analisou tudo para escolha do endereço do hospital. AA disse estar acompanhando os trabalhos do Ministério Público e se trata apenas de uma verificação. De acordo com o prefeito, o município não estuda ou cogita mudança da localização do Hospital Regional, pois existe segurança técnica para manter o projeto. “Se tiver problema é com alguma pomba da paz que pode ter lá. No mais, não tem problema”, provoca, em referência ao projeto lançado por João Eurípedes Sabino sobre o desenho no mapa da cidade. O engenheiro argumenta que não há resistência ao projeto do hospital e reforça que Uberaba e região necessitam do estabelecimento. Entretanto, João Eurípedes declara que não se deve escolher a localização sem antes observar os critérios da engenharia e provar a inexistência de contaminação das águas subterrâneas que podem ser utilizadas no hospital. “Estou sendo assessor gratuito da sociedade e até do Poder Público ao propor, com isenção, que sejam feitos estudos técnicos pormenorizados para viabilizar a construção racional do hospital. Se não forem tomadas medidas técnicas agora no sentido de constatar o impacto ambiental, poderá ocorrer do Judiciário mais a frente solicitar e até embargar o curso das obras”, acrescenta. Em resposta à Promotoria, a PMU defendeu que o cemitério está devidamente licenciado pelo órgão estadual. Além disso, justifica que não haverá captação de água no imóvel, pois o abastecimento ficará a cargo do Codau.