Processo judicial de ex-funcionários contra a Transmil e São Bento já entrou na fase de busca e apreensão de bens das empresas para a penhora
Processo judicial de ex-funcionários contra a Transmil e São Bento já entrou na fase de busca e apreensão de bens das empresas para a penhora.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário, Lutério Antônio Alves, a sentença concluída há aproximadamente 20 dias condicionava as empresas ao pagamento de dívida total que, inclusos os juros diários, já atinge cifras superiores a R$ 950 mil.
Os trabalhadores foram dispensados em outubro do ano passado, quando a Transmil encerrou a operação no transporte coletivo de Uberaba. Na ocasião, segundo o acordo trabalhista, os funcionários abriram mão de multa indenizatória e aceitaram o recebimento do acerto em cinco parcelas. No entanto, devido ao atraso do pagamento de uma delas, Transmil e São Bento ficaram obrigadas, por acordo, a acrescentar ao valor multa de 1% ao dia e antecipar as outras três parcelas que ainda não foram pagas. “E o que aconteceu, afinal, foi que passados 100 dias o valor da dívida que era de R$ 475 mil foi multiplicado por dois”, conta Lutério.
Para o motorista Egberto Nascimento Manuel, que trabalhou por mais de 18 anos na Transmil, a sensação é de frustração. “É claro que esperança a gente sempre tem e o dinheiro faz falta porque a gente assume compromissos”, relata ele, que ainda tem R$ 2,1 mil para receber.
De acordo com o sindicalista, assim como Egberto, outras 351 pessoas ainda aguardam o pagamento da rescisão. “Ainda não temos expectativa sobre o término da busca e apreensão para, enfim, iniciarem a penhora”, fala. “Com a mudança das empresas de Uberaba, o poder de mobilização do sindicato é quase nulo e, sendo assim, estamos só na mão da Justiça”, completa.
A reportagem tentou contatar, por telefone celular, o advogado das empresas, Luís Reis, mas não foi encontrado.