Confusão por conta de posse indevida de imóvel em trecho da avenida Orlando Rodrigues da Cunha, na manhã de ontem, quase termina em caso de polícia.
O comerciante João Batista Rizeto afirmou que alugou um cômodo comercial na altura do número 2.227, localizado na avenida, mas ainda não conseguiu se mudar, porque o autônomo Moacir Gomes Rodrigues descumpriu ordem de despejo e continua residindo no local.
Nervoso com a situação, João Batista, que há 14 anos vende lanches em um trailer em frente da Unidade de Pronto-Atendimento do bairro Abadia, disse que já assinou contrato com a imobiliária e está no aguardo desde o último dia 30 de novembro para se instalar em novo endereço.
Entretanto, Moacir rebateu as acusações, disse que mora no lugar há quatro anos e que o imóvel pertencia à sogra, que residiu no endereço por mais de 23 anos.
Mas a justificativa do autônomo não convenceu e a Polícia Militar foi acionada até o ponto. Sob o comando do cabo Alex, a guarnição verificou que Moacir tem passagem pela PM por porte ilegal de armas, entre outros crimes.
Conforme explicou o cabo Alex, a polícia não trabalha em casos como o descrito se não tiver mandado judicial como argumento, sendo a autuação de responsabilidade do Departamento de Posturas.
Segundo informações do diretor do Departamento de Posturas, Renato Formiga, Moacir já teve o trailer recolhido no início de 2010 por falta de alvará para funcionamento. O proprietário foi novamente notificado, mas descumpriu o prazo de 30 dias para se mudar e novamente teve o trailer recolhido e encaminhado ao pátio da prefeitura.
Durante o procedimento de apreensão, Moacir não quis recolher os materiais armazenados no compartimento do veículo. A Vigilância Sanitária foi requisitada para inspeção no interior do trailer e constatou que vários produtos alimentícios estavam com prazo de validade vencida. O trailer de lanche foi lacrado e agora Moacir precisa de alvará na Vigilância Sanitária, caso queira reabri-lo.