A explosão de uma loja de fogos de artifício na cidade de Santo André, na última quinta-feira (24), que botou abaixo quatro casas, matando duas pessoas, deixou vários leitores preocupados com a situação de riscos na cidade.
A reportagem do Jornal da Manhã visitou uma loja especializada na venda destes produtos, localizada na avenida Deputado José Marcus Cherém, e conversou com o proprietário, Luciano Silveira. O local, conforme ele comprovou através de apresentação de documentação, conta com o alvará de funcionamento, certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros e autorização do Departamento de Armas e Munições da Polícia Civil. Sem essa documentação, conforme informou os bombeiros, não se pode comercializar fogos de artifício.
Há sete anos no mercado, Luciano afirma que as exigências impostas pelos bombeiros e Prefeitura são necessárias para que se tenha o mínimo de segurança. No local, de 37m2, apenas 20% da área total são ocupados pelos fogos de artifício, além disso, estão instalados dois extintores de água, todas as lâmpadas são anti-incêndio, já que, ao estourar, por exemplo, não provocam faíscas, além de outras medidas, como arejamento da área. “Não possuo estoque aqui. Prefiro trabalhar apenas com os produtos que estão na prateleira e evitar riscos. Quando se segue todas as normas é quase impossível acontecer certos tipos de tragédia. Sabemos que acidentes acontecem, mas é possível evitá-los”, conta o comerciante.
Em pesquisa feita junto a alguns supermercados da cidade não foram encontrados fogos de artifício para venda. De acordo com informações obtidas junto ao Corpo de Bombeiros, essa autorização viria mediante a um aval do Exército Brasileiro. Porém, é comum encontrar foguetes e rojões em pequenas mercearias da cidade. Apesar disso, não existe uma operação que coíba este tipo de venda.