Mãe denuncia carne vencida na merenda de escola estadual em Uberaba

Mãe de aluno da Escola Estadual Horizonta Lemos acionou a reportagem do Jornal da Manhã para denunciar o fornecimento de carne vencida na merenda escolar. Segundo a mulher, os produtos fornecidos à unidade escolar apresentavam validade em março de 2025. Questionada, a Secretaria de Estado de Educação confirmou o descarte do lote e a substituição pelo fornecedor. 

“Denunciei à Vigilância Sanitária, mas me disseram que precisam de um prazo de 10 dias para averiguar. Todos os dias eles preparam pratos diferentes com essa carne, provavelmente para disfarçar o gosto. No primeiro dia, meu filho sentiu muita dor no estômago”, relatou a mãe, que preferiu não se identificar. Imagens registradas mostram embalagens com validade vencida há cerca de um mês. 

Diante da gravidade da denúncia, o Jornal da Manhã procurou a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), responsável direta pela gestão das escolas da rede estadual. Em nota, o órgão confirmou que o lote de carne mencionado foi, de fato, identificado no estoque da escola, em Uberaba.  

Segundo a pasta, a direção tomou as providências necessárias e a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Uberaba acionou a Vigilância Sanitária, que realizou o descarte do produto de forma adequada. Não há confirmação, no entanto, se o alimentou chegou a ser fornecido à comunidade escolar.  

Ainda conforme a Secretaria, o fornecedor responsável pelo envio da carne fez a substituição do lote, “sem nenhum prejuízo ao caixa escolar”. A SEE/MG ressaltou que mantém um trabalho contínuo para garantir a qualidade da alimentação escolar oferecida aos estudantes da rede pública estadual. 

Diante da preocupação de pais e responsáveis de alunos da escola, especialmente pelo risco à saúde das crianças, a SEE/MG foi questionada sobre os protocolos de inspeção e controle de qualidade da merenda. No entanto, essas informações não foram repassadas ao JM. 

Essa não é a primeira reclamação sobre a merenda escolar na escola estadual Horizonta Lemos. Em 2022, alunos procuraram a reportagem do JM para denunciar que a alimentação servida se restringia a arroz e macarrão.