A quantidade de fios caídos em postes nas ruas e avenidas de Uberaba tem gerado preocupação entre os moradores. Um denunciante acionou a reportagem do Jornal da Manhã após um motociclista ser atingido por um desses cabos, expondo o risco ao qual a população está submetida devido à falta de manutenção. Ao ser acionada pelo JM, a Cemig reiterou que a responsabilidade pela organização dos cabos é das empresas de telefonia que utilizam os postes da companhia. No entanto, afirmou que tem notificado essas empresas para regularização.
Leia também: Acesso ao bairro Marajó 3 segue sem limpeza e com cidadãos descartando lixos no local diariamente
De acordo com o denunciante, em diversos pontos de Uberaba, os cabos estão caídos, frouxos ou muito baixos, formando verdadeiras "barrigas" que colocam a segurança da população em risco. A situação ganhou destaque após um acidente envolvendo um motociclista, que não percebeu um fio muito baixo enquanto trafegava e acabou enroscando nele.
O impacto derrubou o homem na via, causando ferimentos no pescoço e uma fratura na bacia. Ele permanece hospitalizado. O caso expôs o perigo iminente causado pela má conservação da fiação, especialmente em vias públicas movimentadas, onde o risco de acidentes é ainda maior.
Risco iminente
A situação acende alerta sobre a falta de manutenção de fios e cabos nos postes de Uberaba. Em diferentes pontos é possível perceber fios quebrados e caídos, além de outros "frouxos" em locais de travessia de pedestres, expondo a população a constante risco.
Como os postes são de propriedade da Cemig, a reportagem do Jornal da Manhã acionou a companhia para questionar a manutenção e fiscalização. Em nota, a companhia reiterou que, conforme a Resolução Normativa ANEEL nº 1.044/2022, a organização e manutenção da fiação nos postes são de responsabilidade das empresas de telecomunicações, que são proprietárias dos cabos. A Cemig destacou que tem notificado essas empresas para que regularizem as situações que não atendem às normas técnicas.
Além disso, a Cemig explicou que “toda e qualquer situação emergencial ou que envolva risco de acidente deve ser priorizada e regularizada imediatamente pelas prestadoras de serviços de telecomunicações, independentemente da notificação prévia da distribuidora de energia elétrica. A ausência de notificação da distribuidora não exime as cessionárias da responsabilidade de manter a ocupação dos pontos de fixação de acordo com as normas técnicas aplicáveis”.
O caso reforça a necessidade de fiscalização constante e de medidas preventivas, além de uma comunicação mais eficiente entre a Cemig e as empresas de telecomunicações, visando resolver o problema de forma definitiva.
O Jornal da Manhã continuará acompanhando o caso e cobrando soluções para garantir a segurança nas vias públicas.