Mais de vinte motoristas de uma operadora de táxi cruzaram os braços no domingo e alguns ainda continuaram parados ontem. Desde que o sistema de GPS foi instalado nos carros, no último dia 21, o trabalhadores alegam que estão sendo vigiados e controlados, visto que o sistema é capaz de calcular quantos atendimentos cada condutor faz por dia, o itinerário, tempo que o carro ficou ligado e até mesmo quantas vezes se abriu a porta. A situação tem gerado desentendimentos na hora do acerto.
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Uberaba, Wilson de Oliveira, afirma que a medida não tem o objetivo de prejudicar o trabalhador. “Na verdade, esse serviço foi implantado para garantir maior segurança ao veículo quanto a roubo e também controle do acerto financeiro, que antes não havia.”
Já o proprietário da operadora, Márcio Borges, afirma que esse tipo de controle é uma tendência no mercado e que não há como voltar atrás. Para ele, a maior preocupação é localizar o carro, se for roubado. “Os motoristas alegam que os estamos vigiando, sendo que não, eles são autônomos, fazem o que quer, e vão aonde quer”, diz Márcio. Ainda de acordo com ele, pelo menos metade se recusa a trabalhar com o rastreador, mas o sistema vai continuar e alguns disseram que vão entrar na Justiça.