Mais uma polêmica em torno do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) coloca em xeque a credibilidade do exame: três alunos foram excluídos. Segundo o Ministério da Educação (MEC), eles utilizaram equipamentos eletrônicos e acessaram a rede social, Twitter, no momento da avaliação. E a 14ª Subseção da OAB de Uberaba defende a anulação do exame.
O MEC eliminou três candidatos que teriam usado o Twitter durante as provas do Enem, aplicadas neste fim de semana. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, os estudantes são dos estados de Tocantins, Pernambuco e Minas Gerais. O candidato de Tocantins foi flagrado pelos fiscais usando o celular no primeiro dia de prova, no sábado (6), e os outros dois estudantes infringiram as regras do exame no domingo (7).
No segundo dia de prova, pelo Twitter, o MEC ameaçou processar estudantes que diziam ter usado redes sociais dentro da sala de aula, enquanto faziam as provas. Atitude que foi criticada por usuários da rede.
Caso seja provado que os candidatos foram contra o edital, a punição dos alunos está correta, segundo o presidente da 14ª Subseção da OAB em Uberaba, Helder Silva Batista. “Se estava previsto a não utilização de equipamentos eletrônicos, e se realmente os alunos não cumpriram, eles devem ser punidos conforme o que está no edital”, ressalta.
Mesmo assim Helder defende a anulação da prova. “Em razão de todos os fatos decorrentes nos dois dias de aplicação do Enem, entendemos que foram todos os candidatos prejudicados, não apenas os que tiveram problemas com as provas. E estamos de completo acordo com a OAB nacional, acreditamos que o exame deve ser aplicado novamente”, conclui.