O Sindemu orientou as equipes pedagógicas a evitarem a realização de atividades físicas extenuantes e exposição ao sol
Apesar da onda intensa de calor registrada e das manobras de fechamento dos Centros de Reservação de água, as escolas municipais de Uberaba conseguiram manter os reservatórios cheios na última semana. Segundo o presidente do Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba (Sindemu), Bruno Ferreira, até o momento não foram constatadas irregularidades.
O panorama entra em contraste com a situação retratada no ano de 2022, quando no período de seca algumas instituições a nível estadual e municipal relataram interrupção na distribuição, entre elas a Escola Municipal Terezinha Hueb de Menezes.
Conforme o presidente do Sindemu, a realidade em 2023 é diferente. Além de não ter registrado denúncias referentes ao tema até o momento, o sindicato constatou durante monitoramento nas escolas que a distribuição de água está de forma regular.
“A gente monitora as escolas, e toda vez que há essa questão da falta de água, a gente faz uma visita técnica para ver se é questão da bomba d’água, se a água da Codau está chegando. A última vez que isso aconteceu foi na Escola Tereza Hueb, no ano passado. Esse ano, mesmo com o calor, a gente não recebeu nenhuma denúncia, nenhuma informação que estava faltando nas escolas”, afirma.
Além da distribuição, o sindicato conta que conferiu a metragem das salas, quantidade de alunos e a circulação do ar nos ambientes. Até o momento, não foram constatadas irregularidades. Ainda, o Sindemu orientou as equipes pedagógicas a evitarem a realização de atividades físicas extenuantes e exposição ao sol.
“A maioria das escolas a gente já visitou e já viu a questão da metragem por aluno de salas de aula, se está correto, a questão do lugar arejado, entrada de ar, saída de ar, a janela, iluminação, o mobiliário. A gente sempre toma conta disso para não acontecer aquele excesso de alunos por sala de aula que aumentaria o calor no ambiente”, conta.
O presidente do sindicato pontua ainda que tem recebido denúncias referentes a saúde mental dos professores. “Professor, na verdade, a atividade docente, é voltada de muito trabalho e muita gente, para ter uma renda melhor, tem que trabalhar dois turnos. Isso traz uma sobrecarga de trabalho que pode gerar também uma questão de stress, do cansaço mental e da depressão”, explica.
O Sindemu acompanha cerca de 20 profissionais que precisaram ser afastados por diagnóstico de exaustão mental.