Conforme o denunciante, os alunos estão matriculados no primeiro ano do ensino fundamental e são portadores do espectro autista nível 3. “Eles necessitam de professores de apoio, estão desde o início do ano sem frequentar a escola, pois não têm como permanecer lá”, afirma. (Foto/Reprodução)
Pai de alunos no espectro autista denunciou ao Jornal da Manhã a falta de professores de apoio na Escola Municipal Arthur de Mello Teixeira. Segundo o responsável pelas crianças, elas não estão frequentando a escola desde o início do ano letivo devido à ausência desses profissionais. A Secretaria de Educação de Uberaba (Semed) confirmou a carência, porém, afirma que não houve orientação para que os alunos faltassem.
Conforme o denunciante, os alunos estão matriculados no primeiro ano do ensino fundamental e são portadores do espectro autista nível 3. “Eles necessitam de professores de apoio, estão desde o início do ano sem frequentar a escola, pois não têm como permanecer lá”, afirma.
O responsável ainda destaca que, enquanto as crianças estavam no Cemei, recebiam o suporte necessário. “Porém, agora foram para o primeiro ano e ainda não foram contratados. A escola informa que a documentação está correta e aprovada, mas a prefeitura ainda não realizou a contratação”, relata.
A reportagem do Jornal da Manhã contatou a Semed em busca de um posicionamento. Em nota, a pasta esclarece que, a partir das convocações do concurso do magistério, direciona e reorganiza os quadros de profissionais para atender à demanda de professores de apoio. “A E.M. Arthur de Mello Teixeira está incluída no remanejamento e a solicitação já está sendo analisada pelo setor de Recursos Humanos”, informa.
Além disso, a Secretaria ressalta que não houve qualquer orientação da unidade escolar para que os alunos faltassem às aulas. “Pelo contrário, mesmo sem o quadro completo de professores de apoio, a E.M. Arthur de Mello Teixeira informou os responsáveis sobre a possibilidade de os alunos iniciarem o semestre letivo normalmente e se esforça para atender as crianças com necessidades especiais”, afirma.
A Semed também esclarece que, até o momento, não há a possibilidade de reprovação das crianças por falta, uma vez que não acumularam o mínimo exigido de 50 faltas. “Em caso de retorno às atividades escolares, a Semed avaliará as medidas a serem tomadas para evitar prejuízos aos estudantes”, esclarece.