CIDADE

Para Tetê, fotos não mostram maus-tratos

Daniela Brito
Publicado em 13/05/2011 às 23:31Atualizado em 20/12/2022 às 00:20
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Jornal da Manhã entrevistou a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Maria Thereza Rodrigues da Cunha, a Tetê, para que manifestasse o posicionamento dela a respeito das graves denúncias divulgadas pela imprensa de maus-tratos e constrangimentos contra menores internos do Caresami. Confira! 

Jornal da Manhã - Por que a senhora não acredita que as fotos retratem maus-tratos contra menores?

Maria Thereza - As fotos que vieram à tona através da imprensa não apresentam sinais de maus-tratos. Elas não apresentam sinais de barbárie, de que menino esteja beijando na boca de menino. Não é verdade isso, porque nós temos uma foto de um menor muito agitado, que está só de cueca e, nervoso, deita no ombro de um colega que foi pego junto com ele. Esta é a foto. A dúvida que nós temos acontece somente na foto das algemas. O menor está algemado com as mãos para fora ou ele foi algemado na grade? Parece que ele foi algemado na grade. Se isso aconteceu, isso é um procedimento totalmente irregular, que nós não autorizamos. E parece que foi.

JM - As algemas são consideradas procedimentos normais para lidar com os menores internados no Caresami? O chamado “pacote” também é?

Tetê - Existem várias medidas de contenção. Algemar é uma delas. Entre os procedimentos também existe aquele apelidado pelos meninos de “pacote”, em que acontece a imobilização dos braços e das pernas. É aplicado quando necessário. Quando o adolescente está correndo algum risco, como, por exemplo, se ele atenta contra a própria vida ou a vida de outra pessoa. Nenhum procedimento de contenção pode vir com maus-tratos. Não se pode aproveitar que o adolescente está contido para praticar agressão. A orientação que nós damos a todos os agentes é para que todas as vezes em que houve a contenção, seja feito boletim de ocorrência e exame de corpo de delito. A regra vale para todo procedimento que sai da rotina. E se houver necessidade, como agora, nós temos toda a documentação para ser encaminhada ao Juizado de Menores, ao Ministério Público ou à Defensoria. 

JM – Como é feita a escolha dos “educadores”?

Tetê - São indicações, claro. São cargos comissionados. Eles passam, geralmente, por mim, em primeiro lugar, a equipe do Caresami, que faz a primeira análise técnica do candidato, e, depois, é feita a avaliação psicológica pelo Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura. E depois da admissão, eles passam por um treinamento, que é contínuo.

 JM - Se existir algum tipo de mau-trato, o que os menores, as mães ou os familiares podem fazer para levar a questão adiante para punir os culpados? Tetê - Podem procurar a mim, eu estou disposta a ouvi-los. Precisamos saber dos relatos, ter provas para abrir os procedimentos administrativos necessários. Os menores falam. Não têm medo de retaliação. Podem também procurar o promotor de Justiça André Tuma. Ele sempre visita o Caresami, conversa com os menores. Não podemos é ter denúncias infundadas, sem provas.

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