Parceria entre a Feam (Fundação Estadual de Meio Ambiente) de Minas Gerais e a Prefeitura de Contagem, com a colaboração da Fosfertil, pode ajudar a resolver um problema que aflige os grandes centros urbanos: os aterros sanitários. O início da pesquisa para uso do fosfogesso no processo de decomposição de resíduos sólidos urbanos contou com a doação de 120 toneladas do produto da Fosfertil. O estudo, inédito no Brasil, é liderado pela gerente de Resíduos Sólidos da Feam, Eleonora Deschamps, e pelo analista ambiental Bruno de Mattos e busca comprovar que o fosfogesso pode aumentar a capacidade e a vida útil dos lixões. Para o estudo, foram construídas duas células no aterro sanitário de Contagem, que entraram em operação no dia 19 de fevereiro. A primeira recebeu apenas lixo, tratada com a técnica habitual, e a outra foi preenchida com lixo e três camadas de fosfogesso. “Os pesquisadores farão a comparação dos dados obtidos nas duas células, uma com e a outra sem o fosfogesso. Os primeiros resultados práticos serão conhecidos dentro de aproximadamente um ano”, explica Carlos Moreira Tomaz, gerente de Desenvolvimento de Produto e Controle da Qualidade da Fosfertil. Estudos apontam que o fosfogesso pode acelerar o crescimento das bactérias responsáveis pela decomposição do lixo, ampliando a vida útil dos aterros sanitários entre 30% e 50%, sem qualquer prejuízo para o ecossistema, uma vez que sua utilização segue os mesmos padrões de segurança dos aterros comuns. Esses resultados já foram comprovados em estudo na Flórida, mas o teste piloto, em situação real de aplicação, como este da Feam, pode ser considerado pioneiro no mundo.