Apesar do baixo nível da água, os peixes dos lagos da Mata do Ipê não serão removidos. A informação é de Paulo César Franco, biólogo responsável pelos parques ecológicos da cidade. Ele explica que a operação poderia trazer problemas ao ecossistema receptor destes peixes.
Segundo o biólogo, mesmo com a existência de minas dentro da mata, a estiagem prolongada e as altas temperaturas alteraram a vazão que chega aos lagos. Ele ainda afirma que medidas foram tomadas para evitar a mortalidades dos peixes. “Instalamos um aerador, para promover a oxigenação da água e fazemos um reabastecimento regular dos lagos através de caminhão-pipa”, conta.
Para a professora Adriana Dias Pereira, as medidas tomadas são importantes para preservar a mata. “Sempre trago as crianças ao parque e creio que são necessários mais cuidados. É necessário tomar medidas que preservem a mata e todas as espécies abrigadas”, defende.
O biólogo acrescenta que um estudo para direcionamento de uma nascente próxima à Mata do Ipê é realizado. “A água proveniente da nascente ajudaria a abastecer os lagos e solucionar o problema na época da estiagem”, reforça. Ele ressalta que a população também deve se conscientizar. “Muitas pessoas jogam alimentos e detritos nos lagos, o que prejudica a vida aquática”, finaliza.