Especialista explica quais carnes são mais indicadas e alerta para moderação nas porções e nos acompanhamentos
Com a chegada do Natal, ceias fartas e mesas repletas de pratos tradicionais são parte indispensável da celebração, especialmente quando se trata das carnes mais consumidas nesta época do ano. Para quem está de dieta ou busca manter uma alimentação mais equilibrada, a boa notícia é que não é preciso abrir mão da ceia; o segredo está na escolha e na quantidade dos alimentos. Diante de opções como pernil, peru, chester ou carne bovina, a escolha pode fazer diferença. Segundo o nutricionista Ademir Nomelini, carnes mais magras são as mais indicadas para quem quer aproveitar a data sem exagerar nas calorias.
Em entrevista ao programa Pingo do J, da Rádio JM, Nomelini destacou que nenhum alimento precisa ser totalmente excluído da ceia natalina. Segundo ele, o conceito de dieta ainda é confundido com restrição extrema, quando, na prática, o ideal é equilíbrio. “As pessoas acham que fazer dieta é ficar sem comer. Na verdade, a pessoa tem que comer corretamente. Ela pode comer de tudo, mas precisa saber a quantidade, o horário e ser mais seletiva nas escolhas”, explicou.
Com relação às carnes mais comuns no Natal, o nutricionista orienta que, se houver a necessidade de escolher, a preferência deve ser pelas opções mais magras e com menor teor calórico. “As carnes brancas e magras têm menos calorias. O chester, o peru e o lombo suíno são boas escolhas. A carne suína, inclusive, tem menos calorias em alguns cortes”, ressaltou.
O nutricionista explicou ainda que o pernil, bastante tradicional nas ceias, não precisa ser evitado, mas merece atenção. “O pernil é saboroso, tem partes mais magras e outras mais gordurosas. O que vai determinar se ele pesa na dieta é a quantidade consumida”, afirmou, acrescentando que carnes mais gordurosas tendem a ser mais pesadas e de digestão mais difícil, podendo causar desconforto após a ceia.
“Com equilíbrio, dá para saborear tudo sem comprometer a dieta”
Além das carnes, Nomelini chama atenção para os alimentos que costumam anteceder a ceia e os acompanhamentos mais comuns da mesa natalina. Para ele, as “beliscadas” antes do prato principal são um dos principais motivos do exagero. “Antes de chegar no chester ou no peru, a pessoa já vai comendo uma coisinha aqui, outra ali, e isso pesa no final”, alertou.
O nutricionista explica que iniciar a ceia com opções mais leves pode ajudar na digestão e no controle da quantidade ingerida. Saladas com folhas, legumes e frutas são alternativas que contribuem para reduzir a sensação de peso após a refeição. “O abacaxi, por exemplo, facilita a digestão. Frutas como uva, melancia e melão têm bastante água e ajudam a equilibrar a refeição. Muitas vezes ficam só como enfeite, mas deveriam ser mais aproveitadas”, destacou.
No entanto, ele reconhece que, na prática, os acompanhamentos mais comuns costumam ser pratos mais calóricos, como maionese e salpicão e, por isso, o mais importante é evitar exageros. “A pessoa está ali para comer o que está sendo servido, não precisa se privar totalmente. O problema é o excesso, que acaba causando mal-estar, sensação de peso e indigestão. Com equilíbrio, dá para saborear tudo sem comprometer a dieta”, afirmou. A orientação é selecionar o que será consumido e manter moderação nas porções.