TRISTEZA

Uberaba soma 335 violações contra crianças e adolescentes em 8 meses; abuso sexual lidera

Dados de janeiro a agosto de 2025 apontam 171 ocorrências de abuso sexual; monitoramento identificou registros em 77 bairros e maior incidência nas áreas atendidas pelos Centros de Referência de Assistência Social da Vila Paulista, Abadia e Morumbi

Publicado em 23/12/2025 às 10:39Atualizado em 23/12/2025 às 10:39
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Uberaba registrou 335 casos de violações de direitos de crianças e adolescentes entre janeiro e agosto de 2025. No período, o tipo mais recorrente foi o abuso sexual, com 171 ocorrências, segundo dados do Sistema de Informação para a Infância e Adolescência, abastecido pelos conselhos tutelares.

Além disso, o levantamento aponta 72 casos de violência física e 46 de violência psicológica. Entre as notificações de violência sexual, aparecem 68 registros de estupro de vulnerável, conforme o relatório.

O documento também traz um recorte por perfil e ressalta que meninas concentram a maior parte das notificações, com destaque para pardas e pretas. O relatório ainda chama atenção para a quantidade de registros sem informação de raça/cor, o que limita análises mais precisas sobre desigualdades raciais associadas aos casos.

No mapeamento territorial, o monitoramento identificou ocorrências em 77 bairros da cidade, com maior concentração em localidades como Rio de Janeiro e Residencial 2000. Ao observar as áreas de abrangência dos Centros de Referência de Assistência Social, o relatório indica maior incidência nas regiões atendidas pelas unidades da Vila Paulista, Abadia e Morumbi.

O levantamento foi elaborado pelo Departamento de Vigilância Socioassistencial, da Secretaria de Desenvolvimento Social, com apoio do Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. O secretário de Desenvolvimento Social, Ernani Neri, afirmou que o documento deve orientar ações da rede de proteção no município.

“Os dados demonstram que a violência contra crianças e adolescentes, especialmente a violência sexual, permanece como um desafio central para o município, exigindo respostas preventivas, integradas e contínuas da nossa rede de proteção social”, explicou, destaca o secretário.

Segundo Ernani Neri, a intenção é que o relatório passe a ser produzido semestralmente, para manter os dados atualizados e ajudar no direcionamento das ações de enfrentamento e prevenção.

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