Posseiros de área particular no Chica Ferreira querem solução

Posseiros que ocuparam terreno particular no bairro Chica Ferreira continuam acampados e cobram posicionamento do município para regularizar a situação das 68 famílias.

A área, localizada na rua Nair Guimarães de Oliveira, foi ocupada no início do mês de junho e, depois de reunião com representantes da prefeitura, as famílias que estavam em espaço público, destinado ao ecoponto, logo desocuparam a área. A reintegração de posse ocorreu de forma tranquila. À época, essas famílias foram cadastradas para conhecimento de quem são e a situação em que vivem. Porém, aquelas que estavam instaladas no local privado ainda permanecem.

No entanto, o posseiro Paulo Sérgio Duarte da Silva, que ainda permanece no assentamento, explica que a área que ocupam está abandonada há mais de 25 muitos anos. Ele comenta que gostaria que esse local fosse destinado a essas famílias ou então que as casas que forem devolvidas à Cohagra (Companhia Habitacional do Vale do Rio Grande) por falta de pagamento fossem entregues a eles. “Não queremos nada de graça. Talvez a prefeitura possa comprar este terreno e repassar às famílias e assim nós pagaríamos uma mensalidade.”

Ronaldo Freitas, assessor jurídico da Cohagra, explica que nem todas as famílias possuem inscrição na autarquia e, além disso, por estarem em terreno particular, não há nada que possa ser feito pelo município. Porém, das famílias que foram retiradas da área pública, apenas algumas delas compareceram à Cohagra para dar andamento a seus processos. “As pessoas que têm inscrição vamos atender dentro da possibilidade. Aquelas que ainda não possuem, não há como fazer nada, pois as inscrições estão suspensas no momento.”

No entanto, Freitas ressalta que atualmente cerca de 2.300 casas estão em fase de construção e com o PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) o município vai tentar junto ao Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal aumentar esse número e atender mais pessoas.