Período de chuvas, que normalmente estende-se até o mês de março, é um dos maiores problemas enfrentados pelos pequenos produtores do município. Tudo porque, com o crescimento do pasto e maior permanência dos animais soltos, a alimentação abundante das vacas converte-se em maior produção de leite e, consequente queda dos preços. Informações da Secretaria Municipal de Agricultura apontam que o valor médio do litro, na maioria das vezes, não passa de R$ 0,40.“Sempre tem sido assim, mas, através da compra direta de alimentos pelo Governo de quatro anos para cá, o problema tem se reduzido”, afirma o titular da pasta de Agricultura, José Humberto Guimarães, referindo-se ao programa federal que, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento, tem comprado o leite diretamente do pecuarista e encaminhado, sob a forma de subprodutos como iogurtes, bebida láctea, manteiga e requeijão à 95 instituições sociais do município. De acordo com o secretário, a intenção é mobilizar produtores para adesão e aumentar o número de participantes na ação que já conta com 260 pecuaristas. “Começamos com 78 e o número só foi aumentando e, na próxima edição, esperamos que 400 ruralistas já possam vender seu litro de leite por um preço mínimo de R$ 0,70, que é o que pagamos pelo excedente”, explica José Humberto. Somente esse ano o programa custará R$ 910 mil para os cofres públicos, através da compra de 3,5 mil litros de cada produtor. Em relação à eficiência do programa para o controle de preços, José Humberto salienta que sem ele, a queda no valor do leite continuaria sendo altamente prejudicial para os pequenos produtores. “A pecuária leiteira é um dos pilares da economia brasileira”, finaliza.