NÔMADES

Prefeitura enfrenta dificuldade em acompanhar artistas de rua em Uberaba

Em entrevista à Rádio JM, Herval Kobayashi explica que o público atua como nômades, impossibilitando um acompanhamento da Secretaria de Desenvolvimento Social

Rafaella Massa
Publicado em 30/07/2023 às 19:20Atualizado em 31/07/2023 às 09:26
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Homem flagrado realizando malabarismo sobre cordas na avenida Guilherme Ferreira (Foto/Denúncia)

A situação com artistas de rua tem chamado a atenção de motoristas em Uberaba. Na tentativa de se apresentarem no trânsito, algumas dessas pessoas se arriscam com práticas consideradas perigosas. No entanto, o perfil ‘nômade’ dessa população impede que sejam desenvolvidos trabalhos de conscientização ou encaminhamento, como alega o secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), Herval Kobayashi.  

Entre algumas apresentações perigosas encontradas no trânsito de Uberaba, pode-se citar o caso do homem que foi flagrado praticando malabarismo sobre uma corda estendida entre duas árvores na avenida Guilherme Ferreira, além de práticas com pirotecnia e até com facas. Esses são apenas algumas das situações que condutores uberabenses relataram ao Jornal da Manhã nas últimas semanas.  

À Rádio JM, Herval Kobayashi, considerou que a Seds fica, muitas vezes, ‘de mãos atadas’, já que o perfil dessas pessoas é de migrantes itinerantes. Conforme afirma o secretário-adjunto, “eles mudam de sinaleiro, mudam de bairro e de repente eles já não estão mais na cidade”. “Eu não consigo conscientizá-los, não consigo instruí-los, não consigo encaminhá-los ao mercado de trabalho porque eles não têm esse desejo. E eles estão migrando. Então, eles passam aqui cerca de 20 a 30 dias e aí já fizeram o trabalho deles aqui e já vão mudar de cidade”, pontua. 

Devido a esse comportamento ‘nômade’, a Seds não consegue mapear a presença dos artistas e nem os alcançar para desenvolver tarefas e habilidades. Ainda, Herval completa falando que o tamanho da equipe não comporta um monitoramento assíduo da população.  

“As abordagens que acontecem com esse público acabam inibindo, naquele momento, aquela prática. Mas aí passa-se 10, 15 minutos e ele já está em outro sinaleiro, enquanto a abordagem está em outro local da cidade e não consegue acompanhar se efetivamente aquela pessoa saiu daquele trabalho”, finaliza. 

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