CIDADE

Presidente da CNBB diz que papa não aceitará renúncia de dom Roque

Papa não deverá aceitar o pedido de renúncia do arcebispo metropolitano dom Roque Oppermann. Avaliação é do presidente da CNBB

Helena Cunha
Publicado em 30/06/2011 às 00:39Atualizado em 19/12/2022 às 23:36
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Papa não deverá aceitar o pedido de renúncia do arcebispo metropolitano de Uberaba, dom Roque Oppermann. A avaliação é do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno Assis, que está em Uberaba para as comemorações do Jubileu de Ouro de sacerdócio dom Roque.

Pela segunda vez na cidade, dom Raymundo, que também é arcebispo de Aparecida, interior de São Paulo, veio manifestar solidariedade e amizade a dom Roque e toda a arquidiocese de Uberaba pelos 50 anos de sacerdócio. Em relação à carta de renúncia do bispado de dom Roque, o presidente da CNBB explica que é comum que a pessoa, quando atinge os 75 anos de idade, coloque o cargo à disposição, porém acredita que o papa Bento XVI não irá aceitar e o deixará por mais tempo à frente da arquidiocese de Uberaba e aos poucos vai preparar a sucessão. “Normalmente, o papa não aceita, a não ser em casos especiais, sobretudo de doença, ou quando o bispo coloca na carta que a decisão é irrevogável e deseja ser substituído imediatamente.”

Outro assunto abordado por dom Raymundo foi a união de pessoas do mesmo sexo reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele explicou que a Igreja já se manifestou na última assembleia por meio de declaração. “Para nós, o casamento é a união de um homem e uma mulher, fundada no amor, aberta à vida, onde há reciprocidade e se complementam. Essa é a união da qual brota a família, o que é fundamental para a sociedade. Esta união é tão importante que Jesus a elevou à dignidade de sacramento, o sinal eficaz da graça de Deus para aqueles que se casam.”

Entretanto, a situação não muda em nada para a Igreja Católica em relação ao matrimônio, embora respeite as pessoas, já que a Igreja rejeita qualquer discriminação, seja por raça, sexo ou religião, comenta. “O fato de o STF ter declarado estável essa união e alguns juízes reconhecerem como casamento, querendo equiparar à entidade familiar, não muda nada para a Igreja.”

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