Presidente da OAB Uberaba, advogado Élder Silva Batista afirmou ontem que caso o exame nacional seja cancelado, a medida deveria valer apenas para o Estado de São Paulo
Presidente da OAB Uberaba, advogado Élder Silva Batista afirmou ontem que caso o exame nacional seja cancelado, a medida deveria valer apenas para o Estado de São Paulo. “Como não registramos problemas em Minas, o resultado não deveria ser anulado aqui”, observa Élder.
Segundo ele, a instituição parceira na elaboração e aplicação da provas, o Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe), é uma das mais sérias entidades do país e responsável pelo desenvolvimento de avaliações, inclusive de vestibulares das maiores universidades brasileiras. “Até janeiro desse ano os exames eram realizados estadualmente e elaborados pela própria OAB. Agora, com a nova forma, unificada nacionalmente, é preciso agir com muito critério na hora de optar ou não pelo cancelamento dos resultados em todo o território nacional”, afirma, explicando que a subseção de Uberaba permanece aguardando decisão oficial, que deverá ser divulgada no próximo domingo quando da reunião do Colégio de Presidentes da OAB.
Toda a polêmica teve início quando, no domingo, 28, data da aplicação da prova, um candidato de Osasco (SP) foi surpreendido com uma “cola”. A folha que continha as respostas do teste estava dentro de um livro de Código Penal, que pode ser usado para consulta durante a prova. O papel tinha parte das respostas de direito penal datilografada e outra parte escrita à mão. Cespe e OAB já ofereceram denúncia à Polícia Federal, que investiga o caso.
De acordo com a presidente da comissão de exame da Ordem em Uberaba, Maria Angélica Corcci, 11 pessoas fizeram a prova na cidade, realizada no prédio da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), na rua Senador Pena. “Mas foi muito tranquilo, eu mesma estive presente na aplicação, que ocorreu sem nenhuma anormalidade. Todos os candidatos ficaram na sala até o prazo final de entrega, às 19h15”, garante.