Funcionários do Procon estiveram ontem no estádio Uberabão, antes do início da partida entre Uberaba e Fluminense, para promover a fiscalização dos bares, lanchonetes e ambulantes que comercializam no espaço.
De acordo com Sebastião Severino Rosa, coordenador do órgão, todos os estabelecimentos terceirizados para a venda de bebidas e alimentos, pertenciam ao mesmo proprietário e estavam em desacordo com a legislação do Código de Proteção e Defesa do Consumidor. “Por serem da mesma pessoa, feriam o direito à livre concorrência e estavam praticando preços nada razoáveis”, explica Sebastião, justificando que produtos como garrafas de água e latas de cerveja saiam por R$ 3,5, muito além dos cerca de R$ 2, sugeridos pelo Procon. “O consumidor não tinha informação sobre os preços e pagavam um valor abusivo, segundo os comerciantes, para compensar o prejuízo originário da proibição da venda de cervejas”, conta.
Para garantir que as determinações fossem cumpridas já para o jogo de ontem, os fiscais tiveram que levar cartazes e pincéis para a informação do valor dos produtos. “Não é função do Procon de forma alguma, mas acreditamos que o jogo de ontem foi o mais importante do ano e tínhamos que fazer valer a legislação”, confessa.
Segundo Rosa, o diretor da autarquia que controla o estádio e o presidente do USC já haviam sido comunicados sobre a determinação há mais de 20 dias.