A superlotação no pronto-socorro do Hospital de Clínicas da UFTM segue sendo um grande desafio para o sistema de saúde de Uberaba. A secretária, Valdilene Rocha, em entrevista à Rádio JM, revelou as medidas que estão sendo tomadas para minimizar a pressão sobre a unidade. Entre as estratégias, está a habilitação de outros hospitais para atenderem especialidades de alta complexidade, e assim dividir o atendimento de urgência.
Valdilene explicou que, atualmente, o Hospital de Clínicas é a única unidade que atende casos como os de neurologia mais complexos, como AVCs e ortopedia de politrauma. "O que estamos tentando é habilitar outras unidades, como o Mário Palmério, para que possamos dividir os pacientes com outros prestadores e aliviar a sobrecarga no Hospital Escola", afirma.
Em entrevista anterior, Valdilene já havia mencionado tratativas para habilitar o Hospital Mário Palmério, que atualmente atende casos emergenciais da rede privada, para que também pudesse oferecer atendimento de pronto-socorro para pacientes da rede pública. A proposta era incluir a habilitação para tratar pacientes graves, transferidos pelas UPAs e, assim, garantir a transferência e o acesso imediatos aos pacientes com risco de morte ou sofrimento intenso, recurso conhecido como "vaga zero".
Entretanto, após mais de seis meses de iniciativas, a abertura do segundo pronto-socorro adulto no Hospital Mário Palmério ainda não aconteceu. “Ainda estamos em tratativas para que possamos seguir com esta habilitação, que ocorre entre Secretaria, prestador e Estado”, menciona a secretária de saúde.
Embora ainda não haja previsão para a implementação do serviço, Valdilene reforçou que a cidade está buscando outras alternativas para garantir um atendimento de saúde mais eficiente e acessível para a população. A Prefeitura tem tentado fortalecer as unidades de saúde dos municípios da região, para que possam atender, pelo menos, casos de média complexidade, ajudando a desafogar o fluxo de pacientes em Uberaba.
"Estamos trabalhando para fortalecer as unidades de saúde municipais, para que possam atender com mais eficiência os pacientes e reduzir a demanda no Hospital de Clínicas", comenta.
A situação continua sendo monitorada pela Secretaria Municipal de Saúde, para encontrar soluções mais imediatas que possam aliviar a superlotação do Hospital de Clínicas e melhorar o atendimento à comunidade.